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Casa Branca elabora políticas para reduzir emissões de carbono na mineração de criptomoedas

02 jun 2022, 16:40 - atualizado em 02 jun 2022, 16:40
Casa Branca mineração bitcoin
(Imagem: Reuters/Evelyn Hockstein)

O governo dos Estados Unidos está preparando um relatório de recomendações para tentar reduzir o consumo de energia e as emissões de carbono na mineração de criptomoedas. São as primeiras grandes incursões do governo no setor.

O relatório, que deve ser divulgado em agosto, será um dos primeiros estudos após a ordem executiva do presidente Joe Biden em março e deve pressionar as agências federais para garantir a mineração “responsável” de ativos digitais, como criptomoedas.

Costa Samaras, diretor assistente principal de energia do Escritório de Política Científica e Tecnológica da Casa Branca, ao falar com a Bloomberg Law, disse que a medida é importante, e que se a mineração fará parte do sistema financeiro de forma significativa, melhor que “seja desenvolvido com responsabilidade e minimize as emissões totais.”

Samaras é pesquisador da Carnegie Mellon University, e foi escolhido em novembro para uma nova equipe de energia da Casa Branca.

O estudo para realizar o relatório tenta se aprofundar em afirmações que elogiaram a criptomoeda como um benefício social ou a condenaram como um incômodo local e um pesadelo climático.

“Quando pensamos em ativos digitais, tem que ser uma conversa sobre clima e energia”, disse Samaras.

O uso de energia por determinados clientes ou empresas não é regulamentado pela Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês). Em abril deste ano, alguns democratas da Câmara criticaram a falta de ação da EPA sobre o assunto.

Alguns acreditam que a responsabilidade do governo federal é moldar as divulgações dos investidores, o que pressionará os mineradores de criptomoedas a limpar suas operações.

Jesse Morris, CEO da Energy Web, uma empresa de tecnologia que trabalha com concessionárias e consumidores para acelerar a descarbonização, disse ter muita dificuldade em ver algum tipo de abordagem neste sentido.

“Acho que o maior retorno do investimento será na educação e divulgação da mineração de bitcoin – e isso também enviaria um grande sinal.”

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Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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