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Cemig adia abertura de comportas de hidrelétrica Três Marias para controlar cheias

11 jan 2022, 18:48 - atualizado em 11 jan 2022, 18:48
Cemig
Segundo a companhia elétrica, o reservatório de Três Marias atingiu 74,18% de volume útil na tarde desta terça-feira (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

A Cemig (CMIG4) informou nesta terça-feira que decidiu adiar a abertura das comportas da usina hidrelétrica Três Marias, no município de mesmo nome, em Minas Gerais, como forma de evitar um agravamento das cheias registradas em municípios ribeirinhos do rio São Francisco após as fortes chuvas dos últimos dias.

Na véspera, a estatal mineira havia informado que precisaria iniciar na quarta-feira o vertimento pelas comportas para controlar a subida de nível do reservatório da usina.

“Essa decisão (de adiamento), considerando dados atualizados, tem como prioridade a segurança da população da região. As ilhas fluviais do Rio São Francisco já foram evacuadas, pois são impactadas para vazões em patamares menores que os atuais”, disse a Cemig, em nota.

O adiamento também levou em conta a proteção da obra de restauração do Vapor Benjamim Guimarães, acrescentou.

Segundo a companhia elétrica, o reservatório de Três Marias atingiu 74,18% de volume útil na tarde desta terça-feira. O volume vazio disponível permite amortecer a cheia afluente que ainda ocorrerá ao longo da semana.

Nos próximos dias, a expectativa é de que a vazão liberada siga em 850 m³/s, correspondente à geração máxima de energia elétrica, conforme capacidade instalada da hidrelétrica.

Com isso, o nível do reservatório deverá continuar em rápida elevação, mantendo a necessidade de abertura das comportas assim que os afluentes do rio São Francisco no trecho até Pirapora reduzam suas vazões, disse a Cemig.

“As datas de abertura e as vazões que serão liberadas serão informadas nos próximos dias, conforme evolução das condições hidrometeorológicas do Rio São Francisco”.

A abertura das comportas da hidrelétrica não acontece desde o início de 2020. A medida foi alinhada junto ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).

Usina do Carioca

As fortes chuvas que atingem o Estado também colocaram em risco a barragem da central hidrelétrica do Carioca, localizada no município de Pará de Minas.

Na segunda-feira, a prefeitura da cidade retirou moradores da área que seria afetada em caso de rompimento da estrutura.

Na manhã desta terça-feira, a Companhia de Tecidos Santanense, proprietária da usina, informou que a barragem permanecia estável e sem rompimento.

No entanto, afirmou que, com o volume de chuvas registrado na cidade de Itaúna, o Estado de alerta permanece na região e nas instalações da barragem. “A previsão é de que as consequências de tal volume de chuva atinjam a região na noite de hoje”, disse a Santanense.

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