Internacional

China ainda permanece com incertezas sobre compra de produtos agrícolas dos EUA

16 out 2019, 7:56 - atualizado em 16 out 2019, 7:56
ChinaEUA
Preocupações em torno da concretização do acordo permanecem (Reuters/Jason Lee)

Apesar do comprometimento da China na compra de US$ 50 bilhões em produtos agrícolas dos EUA ao longo dos próximos anos, dúvidas permanecem em relação ao timing e sobre o que Washington poderá oferecer em troca, conforme apurado pela reportagem do The Wall Street Journal.

Para oficiais chineses, o volume de US$ 50 bilhões não condiz com a demanda real do país asiático e é abaixo da média histórica importada por Pequim.

Como exemplo, o maior patamar da série histórica aponta para importações da China perto de US$ 29 bilhões em 2013, caindo para US$ 24 bilhões em 2017 antes do início da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Incertezas

A pressão atual da China é para os EUA retirarem a ameaça de imposição de tarifas de 15% sobre US$ 156 bilhões de bens de consumo, a se iniciarem em 15 de dezembro.

Como contraparte, Pequim poderá utilizar a compra de produtos agrícolas como fator de negociação, afetando a base eleitoral do presidente Donald Trump.

John Frisbie, diretor da Hills & Company e ex-presidente do U.S.-China Business Council, diz que “incertezas ainda permanecem no radar” em relação a se houve ou não a primeira fase do acordo.

Já Wendy Cutler, vice-presidente da Asia Society Policy Institute e ex-oficial da divisão da Ásia do Departamento de Comércio dos EUA, acredita que “existem muitos fatos que podem ocorrer nas próximas semanas para minar” a expectativa de US$ 50 bilhões.

Prevenção

Paralelamente, a Huawei está atualmente mudando a função de executivos com ligação aos EUA com receio de que possam ser cooptados por agentes norte-americanos, de acordo com a reportagem do Nikkei Asian Review.

A maior fabricante de equipamentos de telecomunicações do mundo também reforçou o sistema de segurança em suas fábricas e escritórios dentro do território chinês e ao redor do mundo.

“Parte da razão pela qual alguns executivos norte-americanos deixaram a Huawei é que a empresa chinesa está preocupada em torno de contato de funcionários pela inteligência norte-americana”, afirmou uma das fontes ao periódico japonês.

Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
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Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
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