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China deverá lançar plataforma estatal de NFTs, mas sem pagamentos com cripto

14 jan 2022, 10:20 - atualizado em 14 jan 2022, 10:20
Bandeira China
Segundo o Decrypt, o informe diz que a plataforma não será interoperável com NFTs criados em redes blockchain públicas (Imagem: Pixabay/SW1994)

Conforme noticiado pelo Decrypt, um novo informe sugere que a China irá inaugurar sua própria plataforma estatal para o lançamento de colecionáveis digitais tokenizados, mas sem a permissão para criptomoedas.

O informe, feito pelo South China Morning Post, aponta que a estatal Blockchain Services Network (BSN) está preparando uma infraestrutura blockchain permissionada, não pública, que possibilitará o lançamento de colecionáveis semelhantes a tokens não fungíveis (NFTs, na sigla em inglês) sob a vigilância do governo chinês.

Segundo o Decrypt, o informe diz que a plataforma não será interoperável com NFTs criados em redes blockchain públicas, como Ethereum e Solana, por exemplo, e também não aceitará pagamento com criptomoedas.

A única moeda a ser aceita como pagamento dos colecionáveis e de taxas da plataforma é o yuan, moeda nacional chinesa.

Uma outra diferença em relação à plataforma de BSN é que os colecionáveis que estarão à venda receberam não o nome de NFTs, mas sim de Certificado Digital Distribuído (DDC). O informe do South China Morning Post afirmou também que a plataforma deverá ser lançada no final deste mês.

De acordo com o Decrypt, He Yifan, CEO da Red Date Technology – uma das empresas de tecnologia por trás da BSN – disse que os colecionáveis não gerarão problemas legais na China, pois não estão associados a criptomoedas. 

Por que isso importa?

Dada a proibição do governo chinês às criptomoedas, não é novidade que as empresas no país têm de ser muito cautelosas em relação aos NFTs.

Um outro informe dessa semana, também do South China Morning Post, informou que, devido ao aumento da procura por NFTs no país, as empresas começaram a chamá-los de “colecionáveis digitais”, a fim de evitar a associação com o termo NFT.

Segundo o Decrypt, os colecionáveis digitais tokenizados também não podem ser revendidos, devido a temores do governo sobre especulação e lavagem de dinheiro. Mesmo com esse impeditivo, empresas como Alibaba e Tencent lançaram seus próprios colecionáveis digitais.

O suposto plano do governo de manter os NFTs sob sua supervisão condiz com suas posturas anteriores, devido às proibições em vigor às criptomoedas.

Porém, a abordagem em relação aos colecionáveis ainda permite que os cidadãos tenham acesso a ativos que possam adquirir e usar, mas evitando, aparentemente, o frenesi especulativo em torno dos NFTs.

De acordo com o Decrypt, um ponto positivo dos NFTs que não existirão nos colecionáveis digitais chineses é a descentralização. Enquanto os NFTs não são controlados por nenhuma entidade, os DDCs, por serem parte da estrutura da BSN, podem não ter os mesmos direitos e capacidades dos NFTs. 

Além disso, a supervisão do governo chinês poderá limitar a que seus cidadãos têm acesso, além de excluir a maior parte do mundo do acesso à base de usuários chineses em potencial.

Repórter
Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
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Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
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