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Chinesa Spic reduz geração hídrica e inicia operação de térmica com capacidade plena

21 set 2021, 17:17 - atualizado em 21 set 2021, 17:19
É possível que ocorram algumas dificuldades nos períodos de pico do sistema. Racionamento, achamos baixa a probabilidade, mas dependendo das chuvas até o final de novembro (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

A elétrica chinesa Spic está operando apenas três ou quatro das seis turbinas da hidrelétrica de São Simão, a cada dia, disse a presidente-executiva da empresa no Brasil à Reuters na terça-feira, enquanto uma seca recorde impacta o setor de energia no país.

A entrada de água nos reservatórios de usinas hidrelétricas do Brasil durante a estação chuvosa de 2020-2021 foi a menor em 91 anos, de acordo com o Ministério de Minas e Energia, com alívio esperado apenas para quando as chuvas provavelmente retornarão em novembro.

A presidente-executiva da Spic Brasil, Adriana Waltrick, destacou que a usina térmica GNA I, uma unidade da companhia com outros parceiros, entrou em operação na semana passada, e sua capacidade de 1,3 gigawatt está sendo colocada em uso imediato para ajudar a compensar o declínio nacional da produção hídrica.

Waltrick disse que prevê potenciais dificuldades operacionais à frente, mas que há pouca chance de que seja necessário um racionamento de energia, citando melhorias no sistema elétrico geral desde a última grande seca que exigiu o racionamento.

“É possível que ocorram algumas dificuldades nos períodos de pico do sistema. Racionamento, achamos baixa a probabilidade, mas dependendo das chuvas até o final de novembro”, disse ela.

A mudança climática e o aumento do risco resultante de eventos climáticos extremos, como a seca, significam que o setor elétrico precisa mudar a forma como opera, disse Waltrick.

Isso inclui o aumento da produção solar e eólica, mas modelos híbridos como a integração de usinas hidrelétricas com painéis solares e baterias– também são necessários, disse ela.

A Spic Brasil também está explorando a tecnologia de combustível hidrogênio no país.

A empresa planeja continuar expandindo sua atuação no gás natural, com a segunda fase do projeto GNA a ser lançada em 2025 e mais duas fases de expansão a depender de leilões federais de energia.

A Spic detém uma participação de 33% no empreendimento, em parceria com BP, Siemens e Prumo Logística.

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