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Chuva preocupa produtor de trigo no Paraná e Rio Grande do Sul tem “bom” potencial

13 set 2022, 16:14 - atualizado em 13 set 2022, 16:14
Trigo
Já no Rio Grande do Sul, que planta mais tarde que o Paraná, o clima está favorável para o desenvolvimento das lavouras (Imagem: Pixabay/Hans)

A colheita de trigo atingiu 19% da área total semeada no Paraná, um dos maiores produtores do cereal do Brasil juntamente com o Rio Grande do Sul, mas chuvas estão preocupando produtores paranaenses, uma vez que umidade pode trazer problemas para a qualidade, afirmou em boletim o Departamento de Economia Rural (Deral), do governo.

Já no Rio Grande do Sul, que planta mais tarde que o Paraná, o clima está favorável para o desenvolvimento das lavouras, disse a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), em uma publicação separada.

Rio Grande do Sul e Paraná devem responder por mais de 85% da safra de trigo do Brasil, estimada em um recorde de 9,36 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Mas as precipitações trouxeram algumas preocupações, especialmente para produtores do oeste, centro-oeste e sul do Paraná, disse o Deral nesta terça-feira.

“Segue a colheita das culturas de inverno, mas produtores demonstram preocupação quanto à qualidade em função do volume de chuvas atual, pois grande parte das lavouras está em pré-colheita”, disse o departamento, sobre as regiões oeste e centro-oeste, citando também que geadas e a seca de julho devem interferir na quantidade produzida.

No sul do Estado, algumas áreas foram dessecadas, e, se as previsões de chuva se confirmarem, “os produtores terão problema de qualidade”.

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Rio Grande do Sul e Paraná devem responder por mais de 85% da safra de trigo do Brasil, estimada em um recorde de 9,36 milhões de toneladas (Imagem: Pixabay/zcf428526)

A safra do Paraná está estimada pela Conab em 3,88 milhões de toneladas. Conforme o Deral, 78% da safra está em boas condições.

No Rio Grande do Sul, com safra estimada pela Conab em 4,19 milhões de toneladas, produtores vão precisar que as condições climáticas sigam favoráveis até pelo menos outubro, para confirmar a safra recorde.

Segundo o presidente da FecoAgro, Paulo Pires, o mês de outubro é decisivo para a cultura, embora os produtores tenham elevado a área plantada em 22,3%, segundo a Conab, guiados por bons preços.

“A safra teve a maior área desde 1980 e agora temos um bom potencial produtivo. E com esse bom potencial produtivo temos chance de, se tudo correr bem, ter a maior colheita da história, é isso que o momento está nos sinalizando”, disse Pires.

O período de colheita começa no próximo mês em regiões mais quentes do Estado, como São Borja, São Luiz Gonzaga e Santa Rosa, segundo a FecoAgro, acrescentando que lá há um “excelente potencial produtivo”.

Milho e Soja

No Paraná, o plantio de milho primeira safra 2022/23 avançou para 32% da área projetada, enquanto a colheita da segunda safra 2021/22 está quase finalizada, tendo sido realizada em 97% da área.

O Deral reportou cerca de 10,7 mil hectares de soja plantada no Paraná, de um total de 5,7 milhões de hectares esperados para a oleaginosa no Estado, um dos maiores produtores do Brasil. Neste início, há plantio na região de Ponta Grossa e Cascavel.

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