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Citi está trabalhando com “alguns governos” na criação de moedas digitais, afirma CEO

07 dez 2020, 10:13 - atualizado em 07 dez 2020, 10:13
Citi
Apesar de ser contra a utilização do termo “criptomoedas”, Corbat afirma que o surgimento de “moedas digitais” é inevitável (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

Michael Corbat, futuro ex-CEO do Citigroup, revelou que o banco está trabalhando com governos em todo o mundo na criação de moedas digitais.

Em entrevista à Bloomberg na última sexta-feira (4), Corbat disse: “acredito que veremos, em um futuro não muito distante, o surgimento de uma moeda digital — eu não diria “criptomoeda” — soberana”.

“Estamos trabalhando com alguns governos em todo o mundo em termos da criação e comercialização [de moedas digitais]. Eu acho que seu surgimento é inevitável”, disse Corbat, sem divulgar quais seriam os governos.

Não foi a primeira vez que Corbat previu o futuro das moedas digitais emitidas por bancos centrais (CBDCs). Em novembro de 2017, ele disse: “é provável que veremos governos apresentarem… não criptomoedas — eu acho que ‘criptomoeda’ é um termo ruim para isso —, e sim uma moeda digital”.

Em relação ao futuro das criptomoedas, Corbat disse que depende da natureza implícita de uma criptomoeda específica.

“Algumas são reservas de valor, outras são comparadas ao ouro dos dias atuais, outras são comparadas a alternativas […] — algumas dessas moedas continuarão sendo apenas alternativas, diferentes fontes de pagamentos das quais pessoas podem obter vantagem, com base na natureza implícita do que são”, disse ele.

Em 2015, Citi queria lançar sua própria criptomoeda, chamada de Citicoin, para facilitar transferências internacionais, mas deixou a ideia de lado conforme outras tecnologias provaram ser mais efetivas e eficientes.

Artigos sugerem que Citi visa fornecer serviços de custódia cripto. Recentemente, fontes do Citi contaram ao The Block que o banco realizou testes internos relacionados à custódia de criptoativos.

Corbat deixará o Citi em fevereiro de 2021 após ter trabalhado para o banco nos últimos 38 anos, onde foi diretor executivo por oito anos. Sua sucessora será Jane Fraser, atual CEO global de serviços bancários a clientes. Fraser será a primeira mulher a liderar um grande banco de Wall Street.

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