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Citigroup tem resultado acima do esperado, mas custos mais altos e fraqueza em receita

15 jan 2021, 12:39 - atualizado em 15 jan 2021, 12:39
Citibank, Citigroup
O Citi registrou lucro de 4,63 bilhões de dólares, ou 2,08 dólares por ação, ante 5 bilhões, ou 2,15 dólares por ação, um ano antes (Imagem: REUTERS/Lucas Jackson)

O Citigroup teve queda de 7% no lucro do quarto trimestre, mas superou expectativas do mercado, embora não tenha conseguido a aprovação de Wall Street, já que custos mais altos e uma queda na receita na área de banco de varejo pesaram sobre os resultados.

Como outro grande banco norte-americano, o JPMorgan Chase, os resultados do Citi se beneficiaram da liberação de cerca de 1,5 bilhão de dólares de provisões que havia anteriormente registrado por conta de risco de inadimplência pela pandemia.

Mas as taxas de juros mínimas destinadas a sustentar a economia norte-americana pesaram sobre a divisão de banco de varejo, que atua com cartões de crédito e empréstimos para pessoa física.

As ações do banco, que vinham sendo negociadas em máxima de 10 meses, caíam.

O Citi, que nomeou Jane Fraser como a primeira presidente-executiva de Wall Street, adicionou mais de 10 bilhões de dólares às provisões no ano passado, devido às expectativas de mais inadimplência nos empréstimos.

O presidente-executivo que está saindo, Michael Corbat, disse que o banco também pretende retomar as recompras de ações no primeiro trimestre de 2021, após receber a aprovação do Federal Reserve em dezembro.

No geral, o Citi registrou lucro de 4,63 bilhões de dólares, ou 2,08 dólares por ação, ante 5 bilhões, ou 2,15 dólares por ação, um ano antes. Analistas esperavam, em média, lucro de 1,34 dólar por ação, de acordo com dados da Refinitiv.

Os empréstimos totais caíram 3%, para 676 bilhões de dólares, no final do trimestre, enquanto os depósitos aumentaram 20%, para 1,3 trilhão, pois os clientes, enfrentando incertezas econômicas, tomaram menos financiamentos e economizaram mais.

A receita do Citi caiu 10%, principalmente devido a um declínio no banco de varejo. As taxas no negócio de cartões na América do Norte, que já foi o motor de crescimento do banco de varejo do grupo, caíram 13%, com a redução nas compras e aumento dos pagamentos.

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