Coinbase (COIN): Acionista acusa executivos de uso de informação privilegiada

Os executivos da corretora de criptomoedas Coinbase (COIN), como o CEO Brian Armstrong, Marc Andreessen, investidor e gestor do Andreessen Horowitz (a16z), e outros, estão sendo processados nos Estados Unidos por um acionista da empresa.

A acusação é de que eles sabiam de informações que poderiam derrubar o preço do papel, não divulgaram aos acionistas e usaram as informações para praticar “insider trading” – negociação privilegiada.

Em declaração à Bloomberg, a corretora respondeu que o processo é “sem mérito” e que a empresa está sendo alvo de “litígios frívolos”. “Como a mais popular e única exchange de criptomoedas negociada publicamente nos EUA, às vezes somos alvo de litígios frívolos… Este é um exemplo de uma dessas reivindicações sem mérito”.

O que diz a ação

Segundo a ação, os executivos conseguiram embolsar mais de US$ 2,9 bilhões em abril de 2021, logo depois de fazer do IPO da companhia. O processo ainda afirma que os executivos venderam as ações imediatamente após abrirem capital, antes que as notícias negativas derrubassem o preço do papel.

A ação é movida por Adam Grabski, um acionista da corretora, em nome de todos os demais acionistas. 

O processo ainda coloca que o método da abertura de capital favoreceu a negociação ilícita.

A Coinbase abriu capital por meio de listagem direta, e não emissão de novas ações – que possuí características como a não-diluição de acionistas existentes e o não bloqueio de negociação entre acionistas por um período antes e depois do IPO. Fatores esses que, conforme o processo, facilitaram a negociação entre os executivos.

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“Os réus aproveitaram ao máximo a ausência de bloqueio na Listagem Direta, vendendo rapidamente mais de US$ 2,9 bilhões em ações da Coinbase no primeiro dia e nos dias seguintes, de 14 de abril de 2021 a 22 de abril de 2021.”

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Más notícias para Coinbase, mas boas para os executivos

O processo ainda afirma que as notícias foram divulgadas logo após a venda das ações dos executivos, pela própria Coinbase.

As notícias tratavam sobre a receita da empresa, que estava sendo reduzida à medida que mais de seus clientes se opunham às taxas de transação da Coinbase e procuravam negócios mais baratos em outros lugares.

A empresa “deve se preparar para a inevitabilidade da compressão de taxas”, diz um documento apresentado ao conselho antes da listagem direta, de acordo com o processo.

A empresa também estava planejando uma venda privada adicional de US$ 1,25 bilhão em novas notas conversíveis após a listagem direta que diluiria quaisquer acionistas existentes.