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Com agro capitalizado, leilões encurtam busca por máquinas enquanto fábricas atrasam; ticket médio aumenta

05 jul 2021, 12:35 - atualizado em 05 jul 2021, 12:35
Agronegócio Agricultura Grãos Máquinas
Máquinas agrícolas usadas aproveitam de momentos específicos para crescerem em vendas (Imagem: Reuters/Ilya Naymushin)

Dois cenários estão puxando os negócios de máquinas e implementos agrícolas usados. À parte os notificados nas redes destinadas a esse fim e nos informes de grandes grupos se desfazendo de ativos para renovação de frotas, o setor específico de leilões tem a sensibilidade mais presente sobre essa movimentação.

O Superbid Marketplace notou que, numa ponta, os excelentes resultados do agronegócio de commodities nos últimos anos têm feito as empresas aposentarem seus equipamentos mais cedo, para aquisição de novos.

Enquanto isso, desde 2020, é sentida a falta peças e componentes em geral, com a pandemia prejudicando o fluxo, sobretudo dos itens importados, ocasionando gargalos na entrega das máquinas e elevando os preços.

Dito isto, o resultado positivo visto nos números do Grupo Superbid vem da soma dos dois cenários.

A presença de tratores, colheitadeiras, implementos e peças mais novos nos remates e o ativo já à disposição para uso nas operações agrícolas, sem necessidade de espera.

“Antes, os bens leiloados possuíam, em média, 15 anos ou mais de uso e precisavam de investimentos para torná-los operacionais, ao passo que hoje os ativos estão dentro dos modelos atuais, com aproximadamente 5 anos e com boa vida útil de aplicação”, explica Marcelo Pinheiro, diretor da MaisAtivo, unidade do grupo.

No marketplace, um dos principais na América Latina, no primeiro trimestre o crescimento de vendas foi 20,3%, na comparação com o trimestre imediatamente anterior. No ano passado todo, a elevação foi de 36,8%.

Além do ‘pronto para uso’, há que se destacar que a capitalização do agronegócio não deixa folgado o setor de maneira uniforme. Os investimentos em máquinas e equipamentos em geral são altos e muitos pequenos e médios produtores ainda não detêm capital de giro suficiente para modernizar ou diversificar a frota diretamente nas revendas de zero km.

Os leilões funcionam com oxigênio para o setor todo, portanto.

Tanto que a alta dos leilões da empresa está muito diretamente associada aos bens mais caros nas operações agrícolas. O comércio de colheitadeiras e colhedoras teve elevação média de 57% e de 39% foi a alta nos negócios de implementos, entre outros resultados positivos.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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