Política

Com chances de encerrar a eleição no domingo, PT espera resultado para planejar próximos passos

29 set 2022, 12:57 - atualizado em 29 set 2022, 12:57
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Se a vitória vier no primeiro turno, a coligação terá que começar a trabalhar em uma transição com o atual governo e que poucos têm esperança de que seja feita sem problemas (Imagem: REUTERS/Carla Carniel)

Às vésperas do primeiro turno das eleições e com chances reais de vencer já neste domingo, o PT vive em compasso de espera pelo resultado que sairá das urnas para definir os próximos passos de Luiz Inácio Lula da Silva, a depender do resultado, segundo fontes ligadas ao partido.

Os trackings internos do partido apontam para a possibilidade de vitória em primeiro turno, mas em uma margem apertada, diz uma fonte do comando da campanha ouvida pela Reuters.

E depois de verificada a última urna o partido poderá ver o rumo a tomar.

Contatos constantes têm sido feitos com parlamentares em Brasília, assim como com o Judiciário e militares, para medir o clima diante das constantes ameaças feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição, de não aceitar o resultado do pleito.

Até agora, diz a fonte, não há indícios de que qualquer tentativa de derrubar o resultado da eleição possa ter futuro.

Até agora, no entanto, não se fala em como será a segunda-feira de Lula, pós-primeiro turno. A depender do resultado, o partido terá que retomar imediatamente a agenda de campanha para não deixar o anticlímax desanimar a militância.

Se a vitória vier no primeiro turno, a coligação terá que começar a trabalhar em uma transição com o atual governo e que poucos têm esperança de que seja feita sem problemas.

“Se acontecer, agora ou no segundo turno, vamos buscar algumas figuras mais pragmáticas do atual governo para tentar conversar. Mas não temos esperança de que se faça uma transição de fato”, disse a fonte.

O partido já marcou uma reunião geral de coordenação para definir os passos seguintes.

Reta Final

A quatro dias do final desta primeira fase de campanha, sem poder fazer comícios, a preocupação dentro da coligação é dar força a locais que podem ser decisivos nesta reta final, incluindo Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará e Bahia.

São duas as preocupações: garantir um nome da centro-esquerda no segundo turno e manter a liderança de Lula no Sudeste.

Além do debate desta noite na TV Globo, Lula na sexta-feira terá um encontro com o Marcelo Freixo (PSB), candidato da coligação no Rio de Janeiro e que briga para se aproximar nas pesquisas do atual governador, Cláudio Castro.

No mesmo dia, o ex-presidente vai a Salvador e a Fortaleza, onde os dados das últimas pesquisas mostram que os candidatos petistas cresceram nas últimas semanas, mas ainda precisam de uma ajuda de última hora.

Na Bahia, o petista Jerônimo Rodrigues se aproximou consideravelmente de ACM Neto (UB) que, até o início deste mês, ganhava a eleição em primeiro turno. Com mais de 65% das intenções de voto no Estado, a presença de Lula pode dar o empurrão final para o petista.

Da mesma forma, no Ceará o candidato do PT, Elmano de Freitas, subiu nas pesquisas e está em empate técnico com o bolsonarista Capitão Wagner (UB), passando o candidato de Ciro Gomes, Roberto Cláudio (PDT).

Nas duas capitais, o petista fará uma caminhada com seus candidatos. O encerramento da campanha deve ser com uma caminhada em São Paulo, no sábado.

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