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Com controle da pandemia, Hapvida pode respirar aliviada

16 ago 2021, 12:09 - atualizado em 16 ago 2021, 12:09
Hapvida
O principal fator de alta para os papéis da Hapvida tem nome e sobrenome: a fusão bilionária com a NotreDame (Imagem: Divulgação/ Hapvida)

A pandemia da Covid-19, ainda que o nível esteja alto aqui no Brasil, com uma média de quase 1000 óbitos por dia,  dá sinais que possa ser controlada nos próximos trimestres. O ritmo de vacinação ganhou fôlego e é possível que o Brasil termine o ano com grande parte da sua população vacinada. 

A notícia é animadora especialmente para as operadoras de saúde, como a Hapvida (HAPV3). No segundo trimestre, a empresa sofreu com os efeitos da doença, que apesar de terem sido menores que a primeira onda, causaram mais internações. 

Entre abril e junho, a empresa reportou R$ 270 milhões de lucro, queda de 29,5% ante mesmo período do ano passado. O Ebitda, que mede o resultado operacional, recuou 52%, para R$ 291 milhões, bem abaixo do projetado pela Refinitiv de R$ 402 milhões. 

Para o Itaú BBA, mesmo com a redução, as cifras vieram dentro do esperado.  “Assim como a tendência vista no resultado do NotreDame Intermédica, os números de Hapvida foram penalizados pelo alto nível de internações por Covid-19, contribuindo para a maior sinistralidade”, diz.

Segundo o Inter, os custos relacionados à pandemia, aliados à retomada dos procedimentos eletivos, levaram a um aumento da sinistralidade quando comparada à média histórica da companhia.

“Entretanto, a empresa continua com sua estratégia de expansão orgânica e inorgânica e tem se mostrado eficiente em integrar rapidamente as novas aquisições”, completam os analistas Breno Francis de Paula e Henrique Abras.

O Safra destaca que já é possível observar uma queda acentuada de internações da Covid, o que deve se refletir nos próximos trimestres em uma menor margem de lucro real (MLR).

“As adições líquidas orgânicas foram sólidas e o MLR em dinheiro, excluindo Covid e aquisições recentes, estavam em linha com os níveis pré-Covid, que são sinais encorajadores para uma recuperação pós-pandêmica”, completa o analista Ricardo Boiati.

Além disso, a Ativa destacou o bom controle dos custos operacionais, com as despesas com vendas somando R$193,5 milhões, queda de 0,6 ponto percentual.

O que esperar daqui para frente?

O principal fator de alta para os papéis da Hapvida tem nome e sobrenome: a fusão bilionária com a NotreDame. 

“Acreditamos que a fusão com o GNDI deve destravar muito valor, ainda não precificado pelo mercado, através de ganhos de escala e captura de sinergias”, observa o Inter.

A Ativa acrescenta que NotreDame e Hapvida atuam em um modelo de negócios similar, permitindo gerar ganhos de sinergias tanto de custo quanto de receita.

Apesar disso, a corretora está um pouco mais cética em relação ao impacto da operação nos papéis da empresa.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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