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Com escritório em Dubai, CNA quer hub para exportações não tradicionais e a outros mercados

14 fev 2022, 12:16 - atualizado em 14 fev 2022, 12:16
Dubai converge para ser base das reexportações do agro brasileiro entre árabes e asiáticos (Imagem: Unsplash/mohdb1993)

Para uma região que o Brasil exportou US$ 14,4 bilhões do agronegócio em 2021 o mundo árabe pode representar até mais que esse valor. A região muçulmana estendida é vista com potencial multiplicador para setores não tradicionais do agronegócio e como porta de entreposto para a Ásia.

O novo impulso para isso vai ser dado com o escritório da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) que está sendo inaugurado em Dubai, nos Emirados Árabes.

“Ainda estamos selecionando a pessoa que ficará responsável aqui ainda”, informou a Money Times Gedeão Pereira, vice-presidente de Relações Internacionais, que está no país árabe, hub financeiro e reexportador árabe, em comitiva que também participa da feira GulfFood.

A representação da CNA vai funcionar junto com a Investe SP, a agência de fomento paulista inaugurada pela gestão do governador João Doria.

A agenda, para Pereira, está dada: “Os produtos tradicionais já têm seu canal construído e agora queremos abrir as portas para setores e empresas que ainda não têm expressão na região”.

Por tradicionais, encontram-se as exportações de proteínas de aves e bovinas, além de grãos, açúcar e café, os principais itens que impulsionaram a alta superior a 26%.

Terceiro maior bloco comprador do agronegócio brasileiro, a CNA também acredita na expansão para outros destinos, através da free zone de Dubai.

“O hub de exportação a outros países pode alcançar 1,7 bilhão de consumidores, estendendo para além do Oriente Médio e Golfo, e alcançando Irã e os países da Ásia até o Casaquistão”, explica o Michel Alaby, da Alaby & Associados, um dos principais especialistas a ajudar a abrir mais a região ao Brasil durante seus muitos anos na secretária-geral da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira e chefe de várias missões comerciais.

O consultor acentua, também, que a representação da maior entidade brasileira do agronegócio deve estreitar relações com as entidades setoriais, como Abiec (bovinos), ABPA (aves), Unica (açúcar), entre outros, de modo a planejarem esforços conjuntos tendo a Apex Brasil ainda no apoio governamental.

Na mão inversa, Alaby aproveita para sugerir esforço da CNA para importação de componentes de fertilizantes, em uma área rica em exploração de petróleo.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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