Mercados

Com frigoríficos mais nas opções, pessoas físicas saem do boi e mercado futuro volta à “pré-euforia”

20 nov 2020, 12:18 - atualizado em 20 nov 2020, 12:26
Ibovespa Ações Mercados B3SA3
Mercado futuro do boi esfriou com a esfriada do boi no mercado físico (Imagem: B3/Linkedin)

Da alta do vencimento de dezembro do boi na bolsa no começo de novembro, que chegou a passar dos R$ 292 a @, aos R$ 278 de agora, mais os números de negócios e contratos em aberto, a sexta (20) caminha para deixar o mercado futuro do derivativo dentro da normalidade daqui para a frente.

Passou a “euforia dos últimos meses e está dentro da normalidade pré-euforia das super altas”, como diz Yago Travagini, analista da Agrifatto.

Ontem até que houve uma tentativa de suporte de alta, como nesta parte da manhã (12h20) – mais 0,69%, R$ 276,90 – mas o volume de 620 negócios e 7,8 mil contratos em aberto, registrado pouco antes, mesmo em dia morno de feriado em muitas cidades, reflete também a “normalidade”.

O cenário ficou mais claro pelo recuo do boi no físico esta semana, com férias coletivas de algumas unidades frigoríficas, dias de abate sendo pulados e compras muitos reduzidas dos grandes, ou mesmo nenhuma dependendo das plantas. O animal gordo perdeu o suporte dos quase R$ 300 que o Cepea/Esalq apontava, embora na quinta se avistou alta de 1,95%/R$ 287,65,

Muitos investidores pessoas físicas saíram do mercado, depois do boom dos últimos meses que a B3 (B3SA3) viu em todos os seus balcões. Pelos dados da bolsa, eles superaram o volume de transações feitas pelos frigoríficos desde setembro.

“Os investidores pessoas físicas não aguentam a pressão dos ajustes, então com o físico caindo, pularam fora”, comenta o analista.

As indústrias costumeiramente são os maiores operadores, mas ficaram mais presentes no mercado de opções, onde o risco e custo do hedge são maiores.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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