Carteira Recomendada

Combo PETR4 e BBAS3: Carteira tem aposta dupla em estatais no início do ano; confira a ‘cesta BTG’ para janeiro

03 jan 2024, 19:50 - atualizado em 03 jan 2024, 19:50
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Estatal Petrobras é uma das novidades da carteira recomendada de ações do BTG Pactual (Imagem: Agência Petrobras)

O ano de 2024 tem tudo para ser positivo às ações brasileiras. Com a expectativa de queda das taxas de juros nos Estados Unidos e a manutenção do ciclo de flexibilização monetária no Brasil, somadas aos valuations relativamente baratos, os papéis da Bolsa brasileira podem entregar um bom desempenho nos próximos meses, avalia o BTG Pactual.

“A queda das taxas nos EUA deverá gerar maior apetite dos investidores globais ao risco, com implicações positivas para os mercados emergentes em geral e para o Brasil em particular”, diz.

Paralelamente, taxas de juros menores no Brasil devem atrair investidores locais ao mercado de capitais.

O BTG ressalta, no entanto, que a situação fiscal no país continua sendo uma preocupação.

Forte crescimento dos lucros em 2024

O BTG projeta um ano de forte crescimento para os lucros das empresas brasileiras listadas. O time de análise prevê uma “grande recuperação” para 2024, com os lucros consolidados (excluindo Petrobras e Vale) crescendo em torno de 20% em base anual.

As empresas que vendem principalmente no mercado interno devem registrar desempenho ainda melhor, de alta anual de 25%, estima.

De acordo com o BTG, a queda da Selic deve aliviar a linha das despesas financeiras, impulsionando os lucros das empresas neste ano.

“Algumas grandes empresas viram resultados não recorrentes impactarem os seus lucros em 2023 e/ou estão concluindo reestruturações com o poder de melhorar substancialmente os seus lucros a cada ano – por exemplo, dois gigantes do varejo Natura (vendas de ativos) e Carrefour (grande integração) devem reportar lucros muito mais fortes em 2024.”

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Ações para janeiro

O BTG trocou a maioria das ações de sua carteira recomendada mensal. Em atualização para janeiro, houve mudanças entre petroleiras e bancos.

Para este mês, a instituição deu preferência às grandes estatais Petrobras (PETR4) e Banco do Brasil (BBAS3), que substituíram Prio (PRIO3) e Itaú (ITUB4).

A Petrobras é um dos nomes favoritos do BTG para 2024. Analistas defendem o nome como uma boa tese de geração de caixa, com a empresa devendo apresentar ainda surpresas positivas no decorrer do ano.

De acordo com a equipe, “níveis de produção superiores aos projetados, um capex menor vs. projetado e mecanismos sólidos de governança corporativa suportarão maiores pagamentos de dividendos e geração de caixa mais elevada por mais tempo”.

O BTG projeta dividend yield de ~13% em 2024, ou ~18%, considerando pagamentos extraordinários.

No caso do BB, analistas veem uma oportunidade de investimento após o fraco desempenho das ações em relação aos pares. O valuation está “muito barato”, ao mesmo tempo que a estatal possui uma base de capital robusta.

Existem ainda baixas expectativas com preocupações relacionadas à carteira de crédito do segmento de agronegócio da companhia e do banco Patagônia.

“Esperamos surpresas positivas na receita e consideramos a possibilidade de um payout mais elevado como um potencial catalisador positivo para ações nos próximos meses”, afirma o BTG.

Localiza (RENT3), Cosan (CSAN3), Embraer (EMBR3) e Vivara (VIVA3) são as outras novidades da carteira de ações para janeiro.

Veja o portfólio completo:

Empresa Ticker Peso
Petrobras PETR4 15%
Mercado Livre MELI34 10%
Vale VALE3 10%
Banco do Brasil BBAS3 10%
Eletrobras ELET3 10%
Localiza RENT3 10%
Cosan CSAN3 10%
Vibra Energia VBBR3 10%
Embraer EMBR3 5%
Vivara VIVA3 10%

Em 2023, a carteira do BTG apresentou ganhos de 29,4%, ante valorização de 22,3% do Ibovespa e de 20,1% do IBX-50.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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