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Comercializadora de energia Focus contrata bancos para coordenar IPO

16 out 2020, 14:11 - atualizado em 16 out 2020, 14:11
Energia Elétrica Setor Elétrico
A Focus pediu registro de companhia aberta tipo A, que permite emissão de ações, segundo documento arquivado junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na quinta-feira (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino

A comercializadora de eletricidade Focus Energia contratou bancos para coordenar uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), de acordo com um documento e duas fontes com conhecimento do assunto.

A intenção é de que a oferta aconteça ainda em 2020, com objetivo de levantar recursos para que a companhia financie a construção de um grande projeto de geração solar cuja produção futura seria vendida no mercado livre de energia, disse uma das fontes à Reuters.

Morgan Stanley, Citibank e Santander Brasil foram contratados para coordenar a operação, acrescentou a fonte, que falou sob anonimato e não comentou quanto a Focus pretende levantar com a oferta de ações.

O movimento confirma informação publicada pela Reuters no início do mês, de que a Focus vinha sendo sondada por bancos de investimento para avaliar um possível IPO.

A listagem da empresa foi aprovada em reunião de acionistas da Focus na semana passada, acrescentou uma segunda fonte, que também falou sob a condição de anonimato.

Segundo ata da assembleia, publicada na quinta-feira e vista pela Reuters, os acionistas aprovaram a adesão da empresa ao Novo Mercado da B3 por meio de uma oferta pública primária e secundária, “sob coordenação do Morgan Stanley e com participação de determinadas instituições consorciadas”.

O documento não cita valores envolvidos na transação e afirma que a destinação dos recursos será definida pelo conselho de administração da empresa.

A Focus pediu registro de companhia aberta tipo A, que permite emissão de ações, segundo documento arquivado junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na quinta-feira.

Procurada, a Focus Energia recusou-se a comentar.

A intenção da comercializadora é usar os recursos da oferta primária para construir ativos de geração renovável, basicamente solar, visando a atender à demanda no mercado livre de energia, no qual indústrias e empresas podem negociar o suprimento de energia e preços diretamente com geradores e comercializadoras, disse a primeira fonte.

O movimento da Focus vem em meio a um momento de negócios aquecidos no mercado livre de eletricidade, que tem atraído interesse de bancos e fundos de investimento.

O plano de IPO ainda segue-se à desistência de operações de abertura de capital por duas empresas de comercialização de energia, a Compass, da Cosan, e a 2W Energia, que citaram condições adversas de mercado.

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