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Como a CasperLabs se diferencia das demais plataformas de contratos inteligentes?

13 fev 2020, 9:29 - atualizado em 13 fev 2020, 9:46
Medha Parlikar, CTO da CasperLabs, fundou o projeto em 2017 por conta de seus 20 anos de experiência na área de desenvolvimento de software (Imagem: YouTube/RChain)

Em entrevista à Messari, Medha Parlikar, CTO da CasperLabs, falou sobre como seu projeto, ainda em fase de testes, se diferencia das demais plataformas de contratos inteligentes, além de quais são os casos de uso e os atrativos aos desenvolvedores para a utilização da plataforma.

Primeiramente, ela diz ter se interessado pelo universo cripto em meados de 2017, quando foi convidada para gerenciar um projeto de blockchain de código aberto.

Ela trabalha há cerca de 20 anos na área de tecnologia, especificamente no desenvolvimento de software, e diz adorar o fato de que cripto vai trazer a oportunidade e o acesso à geração de riquezas para as demais classes.

Por conta desses aspectos, ela fundou, em outubro de 2018, a CasperLabs, para levar a tecnologia blockchain às massas.

“Acreditamos que existe uma oportunidade de criar uma experiência de usuário agradável para desenvolvedores na camada de contratos inteligentes, que a tecnologia blockchain englobe uma maior parte da arquitetura de aplicações, e um sistema que suporte essa necessidade precisa ser construído.”

Parlikar afirma que a CasperLabs pode levar o acesso das inovações fornecidas pela tecnologia de blockchain à população mundial (Imagem: Twitter/Hdac Technology AG)

Quando perguntada de que forma a CasperLabs se diferencia de outros blockchains proof-of-stake em termos de segurança, ela diz que não querem entrar na “corrida de TPS (sistema de processamento de transações)”, pois “os protocolos que dizem fazer dezenas de milhares de transações por segundo não podem dar conta de prezar pela segurança.

Ela afirma que “sacrificar a segurança que a descentralização traz não é uma opção. Nossos pesquisadores gastaram muito tempo buscando por por formas inovadoras de como um hacker poderia invadir nosso sistema, então podemos certificar que tais ataques sejam impossíveis ou muito caros de serem executados”.

Já em relação a staking, ela afirma que os usuários poderão fazer o staking de seus tokens assim como em outras redes, com um validador de sua escolha.

Sobre a experiência de usuário agradável para desenvolvedores, ela descreve um conjunto de recursos:

desenvolvedores não irão precisar aprender uma nova linguagem de programação para escrever os códigos de seus contratos inteligentes, pois a plataforma já fornece suporte, como Rust e Assembly Script;

suporte para CI/CD (integração e implementação contínuas) e testes, em que os desenvolvedores podem testar naturalmente seus contratos inteligentes sem a necessidade de executar um nó para criar contratos na plataforma;

contratos atualizáveis e imutáveis, em que a plataforma permite que sejam armazenados em um endereço mutável ou referência permissionada, que apoia edição e atualização de contratos;

níveis flexíveis de finalização para o protocolo de consenso, em que pequenas transações são consideradas definitivas e maiores podem demorar mais tempo para serem finalizadas;

assinaturas múltiplas (multisig) ilimitadas/recuperação de conta e delegação (a estrutura de conta permite que desenvolvedores apoiem qualquer tipo de permissão necessária);

código flexível de pagamento: desenvolvedores podem especificar como transações são pagas;

consultas fáceis e imediatas sobre as mudanças de estado da plataforma, em que os desenvolvedores sabem do que acontece nos contratos e no blockchain.

A plataforma vai oferecer opções mais flexíveis de ferramentas de desenvolvimento (Imagem: Twitter/CasperLabs)

Parlikar afirma que o primeiro teste da rede, apelidado de “Honest Highway”, está planejado para o fim de março e que o protocolo completo estará pronto para o fim do segundo trimestre deste ano.

Querem dar foco na segurança e no desempenho do protocolo e planejam convidar validadores e profissionais de segurança para “atacarem” a rede.

Por fim, quando perguntada sobre qual caso de uso a CasperLabs vai focar após o lançamento da rede, ela afirma que vão fornecer suporte para computação de propósito geral, como a Ethereum.

Ela acredita que o sistema fornecerá muita segurança para transações e flexibilidade para permissões, dependendo do que os autores do contrato precisam, oferecendo atualizações de contrato e esquemas inovadores de pagamento.

Clique aqui para conferir a entrevista completa na plataforma da Messari.

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