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Conheça a varejista de estilista renomado que entrou em recuperação judicial — e culpou empresas asiáticas

12 set 2023, 20:47 - atualizado em 12 set 2023, 20:47
M.Officer
Ao todo, a empresa declarou dívida de R$ 53,5 milhões (Imagem: Pixabay)

A varejista M.Officer, criada pelo estilista Carlos Miele em 1997, teve o seu pedido de recuperação judicial aceito pela Justiça de São Paulo, engrossando a fila de empresas com dificuldades para honrar seus compromissos no ano.

De acordo com o Serasa, os casos de recuperação judicial cresceram mais de 50% em 2023, comparado ao primeiro semestre de 2022.

Ao todo, a empresa declarou dívida de R$ 53,5 milhões.

No documento, chama a atenção o fato da marca ter atribuído a culpa à Covid-19, que derrubou as vendas em 91%, que se somou à concorrência, “primordialmente decorrentes da entrada dos gigantes players asiáticos no cenário nacional”, que têm conseguido vender os produtos “sem contratar funcionários brasileiros, tampouco estar sujeitos ao recolhimento de todos os tributos” no Brasil.

Varejistas nacionais têm empenhado uma batalha contra o que chamam de concorrência desleal no varejo brasileiro.

O deferimento do pedido de recuperação judicial suspende todas as ações e execuções contra a empresa por 180 dias, “inclusive daqueles dos credores particulares do sócio solidário, relativas a créditos ou obrigações sujeitos à recuperação judicial”.

Conheça a M.Officer

De acordo com o seu site, a marca surgiu nasceu como seu projeto de graduação na Fundação Getúlio Vargas há 30 anos.

Miele foi o primeiro estilista brasileiro a integrar o CFDA (Council of Fashion Designers of America) e é considerado por Godfrey Deeny, editor-chefe internacional do Fashion Network, designer mais conhecido do Brasil”.

À Justiça, a empresa disse ter hoje 12 lojas físicas, distribuídas em três estados do Brasil, que geram cerca de 130 empregos diretos e centenas de empregos indiretos.

Em média, são produzidas 200 mil peças de vestuário, com produção 100% nacional. Além da venda das peças nas lojas, a empresa também vende pelo e-commerce.

Com informações da Agência Estado

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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