Justiça

Conselho do MP proíbe Lava Jato de usar estrutura para fins políticos-partidários

25 ago 2020, 18:27 - atualizado em 25 ago 2020, 18:27
Augusto Aras
Essa denúncia levou a Lula a ser condenado pelo então juiz Sergio Moro e posteriormente pela segunda instância (Imagem: REUTERS / Rodolfo Buhrer)

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) decidiu proibir que integrantes da força-tarefa do Ministério Público Federal da operação Lava Jato em Curitiba usar instalações, equipamentos e recursos da instituição para fazer divulgação de “atividades políticas ou político- partidários “, em julgamento nesta terça-feira com críticas à atuação do grupo.

A decisão foi tomada pela maioria dos conselheiros ao arquivar um pedido de abertura de procedimento contra o coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol, pelo caso da apresentação de um PowerPoint para explicar a denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do tríplex do Guarujá, em 2016.

Essa denúncia levou a Lula a ser condenado pelo então juiz Sergio Moro e posteriormente pela segunda instância, levando-o para prisão e o impedindo de se candidatar à Presidência em 2018 devido à Lei da Ficha Limpa.

O colegiado do MP entendeu que o caso do PowerPoint está prestes a prescrever ocorreria no próximo mês e por isso não haveria condições de levar adiante a análise do caso.

Mas o CNMP destacou que os procuradores da força-tarefa têm de se abster de fazer comentários sobre as fatos que não são relacionados com o caso em si.

Os questionamentos à Lava Jato a maior operação de combate à corrupção do Brasil ocorrem a menos de um mês do prazo para decisão se a força-tarefa de Curitiba será renovada ou não pelo procurador-geral da República, Augusto Aras.

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