Economia

Copom pode indicar corte dos juros para as próximas reuniões, vê LCA

08 maio 2019, 11:45 - atualizado em 08 maio 2019, 12:01
A reunião acontece nesta quarta feira e será comandada por roberto campos neto

Por Arena do Pavini

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) desta quarta-feira, a segunda sob a batuta de Roberto Campos Neto para definir o juro básico da economia, ocorrerá em meio a um aumento do grau de incerteza nas conjunturas externa e interna, que tende a dificultar a avaliação acerca do balanço de riscos para o cenário inflacionário doméstico.

Exclusivo: O segredo para ganhar com Petrobras em qualquer cenário

A avaliação é da LCA Consultores, que espera que o Copom mantenha os juros em 6,5% ao ano. Mas, para a consultoria, aumentam as chances de o Copom indicar no comunicado que acompanha a decisão dos juros que a taxa poderá cair nas próximas reuniões, diante da economia muito mais fraca do que o esperado e da expectativa de inflação dentro da meta.

Quer concorrer a R$ 300? Responda esta pesquisa sobre investimentos em 2 minutos

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No exterior, a aversão global ao risco subiu um degrau na esteira do desfecho da reunião do Federal Reserve (Fed, banco central americano) e do recrudescimento de tensões comerciais entre EUA e China depois que o presidente Donald Trump anunciou, novamente via redes sociais, que as tarifas de importação de diversos produtos chineses serão elevadas nesta semana.

O ambiente externo “desafiador” vem mantendo o câmbio doméstico algo mais pressionado do que se antevia, avalia LCA. “Ademais, choques negativos de oferta têm exercido pressão sobre os preços de alguns produtos (sobretudo alimentos e combustíveis), provocando aceleração (a nosso ver transitória) da inflação”.

Porém, a atividade econômica interna continua a registrar sinais de fraqueza e a confiança do setor privado vem devolvendo parte da melhora observada após as eleições, devido ao ambiente político ainda algo tumultuado. Com isso, as expectativas econômicas continuam a se deteriorar.

O Banco Central tem relativizado a frustração com a evolução da atividade, atribuindo o rebaixamento das expectativas econômicas a choques adversos observados no ano passado. Num contexto de balanço “simétrico” de riscos, a autoridade tem sinalizado que o juro básico permanecerá estável por um período prolongado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Banco Central
O Banco Central tem relativizado a frustração com a evolução da atividade, atribuindo o rebaixamento das expectativas econômicas a choques adversos observados no ano passado

Para a LCA, a reunião do Copom desta quarta-feira revelará se essa avaliação oficial do balanço de riscos se alterou. “Se reconhecer que algo mais persistente está dificultando a retomada da atividade, o Banco Central estará dando uma sinalização de que poderá, mais adiante, voltar a flexibilizar a política monetária”. diz a LCA.

Diante desse cenário, a consultoria avalia que um corte da taxa básica de juros parece viável. A economia mundial não deverá ajudar a retomada brasileira; a política fiscal será fator de contenção da demanda agregada por bastante tempo; e o persistente bom comportamento das medidas de tendência da inflação sugere que há espaço para reforçar os estímulos monetários.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Por dentro dos mercados

Receba gratuitamente as newsletters do Money Times

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar