Câmbio

Correspondentes cambiais crescem e superam bancos e corretoras

15 jul 2019, 18:24 - atualizado em 16 jul 2019, 16:07
Entre as vantagens dos correspondentes estão o atendimento especializado e o foco em um único produto (Imagem: Pxhere)

O aumento das viagens para o exterior e o crescimento dos investimentos voltados para fora do país fizeram com que a demanda de operações de câmbio explodisse. Diante da alta procura, em 2012 o Banco Central (BC) autorizou a atividade dos correspondentes cambiais. Desde então, o segmento não parou de se expandir e hoje já existem entre 300 e 500 correspondentes cambiais registrados pelo BC.

Entre as vantagens dos correspondentes estão o atendimento especializado e o foco em um único produto. De acordo com Fernando Bergallo, Diretor de Câmbio da FB Capital, os correspondentes de câmbio são efetivos para todos os envolvidos no negócio.

“Esse é um modelo muito mais dinâmico, pois quem faz a operação é o banco, mas o atendimento é feito de forma terceirizada por um correspondente cambial. Isto permite o crescimento da base de clientes do banco sem que ele precise abrir novas filiais e com todos os critérios e supervisão do Banco Central”, explicou.

Dessa forma, as operações também beneficiam os bancos, já que permite alcançar mercados que antes dificilmente eram atingidos. Além disso, dinamiza as operações.

“Você tem um escritório de negócios com clientes que queiram fazer câmbio, então passa por um compliance e se habilita como correspondente cambial de um banco. Assim, você cria braços do banco deixando o sistema de atendimento muito mais diversificado, pois ele passa a fazer parcerias estratégicas com escritórios que são correspondentes cambiais, ao invés de ter que abrir mais filiais”, afirmou.

Bergallo ressalta, no entanto, que esse tipo de operação é relativamente recente e ainda não é do conhecimento da maioria do público. Mesmo assim, os números positivos dos correspondentes cambiais vêm demonstrando uma tendência de crescimento acelerado por conta desta dinâmica de mercado menos burocrática e mais atrativa aos clientes.

“É um player novo no mercado que tem crescido muito, pois é 100% especializado no câmbio, tem o cliente próximo, mas não tem a burocracia de um grande banco. Ao invés de comprar uma licença, e se submeter ao escrutínio do Banco Central, ele se associa a algum banco através de um contrato de correspondência cambial. Dentro disto, a própria FB Capital cresceu muito, tendo números maiores do que muitas corretoras. Inclusive, existem casos no mercado, onde algumas correspondentes foram compradas por grandes bancos”, completou Bergallo.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.