Bancos

Cortes no Goldman levam demissões em bancos a quase 70 mil

01 out 2020, 7:58 - atualizado em 01 out 2020, 7:58
Goldman Sachs
Os planos do Goldman sugerem que o impacto da pandemia tem pesado mais do que a decisão do setor financeiro de oferecer estabilidade a empregados ansiosos durante a crise econômica (Imagem: REUTERS/Brendan McDermid)

Os cortes de empregos no setor bancário continuam com o Goldman Sachs, que agora faz parte da crescente lista de instituições financeiras que retomaram as demissões suspensas durante a pandemia de coronavírus.

O banco de Wall Street planeja eliminar cerca de 1% da força de trabalho, ou aproximadamente 400 postos, segundo pessoas com conhecimento do assunto, que falaram sob anonimato.

Somando o número do Goldman com divulgações nesta semana por outros bancos, o total de demissões anunciadas neste ano subiria para 67.844, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.

Mais de 30 bancos – da Europa, América do Norte, Ásia e África – estão por trás das demissões planejadas. O total real provavelmente é maior, porque muitos bancos demitem funcionários sem divulgar planos.

Bancos citam a necessidade de reduzir despesas para compensar o custo da inadimplência durante a pandemia, bem como despesas para cumprir regulamentações mais rígidas e investir em tecnologia digital.

Os planos do Goldman sugerem que o impacto da pandemia tem pesado mais do que a decisão do setor financeiro de oferecer estabilidade a empregados ansiosos durante a crise econômica. Os planos chegam em uma semana ruim para empregos no setor.

Na quarta-feira, o italiano Intesa Sanpaolo disse que chegou a um acordo com sindicatos para pelo menos 5.000 demissões voluntárias. Nesta semana, a unidade no Reino Unido do espanhol Banco de Sabadell disse que eliminará mais de 900 empregos.

O total de demissões divulgadas desde o início de 2014 soma cerca de meio milhão. Para efeito de comparação, o JPMorgan Chase, maior banco dos Estados Unidos, empregava 256.710 pessoas no final de junho.

Bancos com sede na Europa, que não se recuperaram da crise financeira de 2008 tão rapidamente quanto os dos EUA, respondem pela maior parte dos cortes de empregos anunciados.

O número foi impulsionado em grande parte pelo HSBC, que em fevereiro anunciou que reduziria a força de trabalho em 35.000 postos como parte do plano para cortar US$ 4,5 bilhões em custos em unidades de baixo desempenho nos EUA e na Europa.

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