Agronegócio

Cota de importação de milho e trigo da China é mantida para 2021

17 set 2020, 11:12 - atualizado em 17 set 2020, 11:12
Trigo
A China tem uma meta de autossuficiência de 95% para seu consumo de arroz, milho e trigo (Imagem:REUTERS/Eduard Korniyenko)

A China estabeleceu nesta quinta-feira sua cota para importações sob tarifas mais baixas de trigo, milho e arroz em 2021 nos mesmos volumes dos anos anteriores.

O estabelecimento dos volumes ocorreu em um momento em que os compradores chineses vêm aumentando volumes de importação de milho dos Estados Unidos e também de trigo.

A Cota da Taxa Tarifária (TRQ) para as importações de trigo em 2021 foi fixada em 9,636 milhões de toneladas, das quais 90% irão para empresas estatais, disse a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma em um comunicado em seu site.

A cota de importação de milho em 2021 foi fixada em 7,2 milhões de toneladas, das quais 60% irão para empresas estatais, enquanto a cota de arroz foi fixada em 5,32 milhões de toneladas, disse o planejador estatal.

A China tem uma meta de autossuficiência de 95% para seu consumo de arroz, milho e trigo, mas permite um certo volume de importações por meio do sistema TRQ, sob o qual os importadores podem comprar volumes especificados com tarifas de até 1%, em comparação com 65% sem as cotas.

A China, o principal mercado agrícola do mundo, acelerou as importações de grãos neste ano e espera-se que use totalmente suas cotas anuais de milho e trigo pela primeira vez.

“As cotas para importação de grãos não vão mudar”, disse uma fonte de uma empresa estatal.

“Pode haver permissão especial (para importações extras)”, disse a fonte, que não quis se identificar por não estar autorizada a falar com a mídia.

A China também estabeleceu a cota de algodão no mesmo volume dos anos anteriores, em 894 mil toneladas.