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Covid-19: Fim de semana será importante para mercado global avaliar gravidade de nova variante, diz gestora Western

26 nov 2021, 16:09 - atualizado em 28 nov 2021, 22:37
Mercado gráfico queda
No canto do olho: nova onda de coronavírus já estava no radar do mercado, diz gestor da Western (Imagem: Unplash/Maxim Hopman)

Responsável pela gestão de US$ 500 bilhões em todo o mundo — sendo R$ 50 bilhões no Brasil —, a Western Asset vê o próximo final de semana como importante para definir o humor dos mercados globais no curto prazo.

Para a gestora, é provável que, nos próximos dias, surjam novidades que permitam aos investidores ter maior clareza sobre o impacto do anúncio da descoberta da omicron, a nova variante do coronavírus.

Ainda não se sabe se ela é mais transmissível ou mais letal, mas o anúncio levou os mercados globais ao vermelho e derrubou o Ibovespa em quase 4% nesta sexta-feira (26).

Segundo o gestor de renda variável da Western no Brasil, Guto Leite, por ora, a gestora não toma nenhuma decisão e segue com uma postura mais defensiva, adotada por conta das eleições e da deterioração fiscal do país.

“A pandemia era algo já no ‘canto do radar’ por causa do aumento de casos na Europa”, disse Leite ao Money Times. “A gente segue monitorando, para saber que tipo que pressão fiscal, por exemplo, o evento ainda pode colocar”.

Possíveis impactos

No campo das hipóteses, o especialista avalia que uma nova onda grave de coronavírus exigiria mais restrições de mobilidade e a liberação de estímulos fiscais, a exemplo do que foi o Auxílio Emergencial no Brasil.

Para o Copom, poderia haver uma revisão sobre a rapidez do aperto monetário, já que a elevação da taxa básica de juros tem como cenário base a reabertura da economia, ainda que com desemprego elevado. “Mas é cedo demais para mudar o cenário base”, destaca Leite.

Desemprego alto, inflação e deterioração fiscal têm levado o Ibovespa a perdas acumuladas de 13% neste ano, enquanto o S&P sobe 24%. “O índice americano tem ‘gordura para queimar'”, diz o gestor da Western.

Leite frisa que o investidor global aproveita o momento de incerteza maior para realizar lucros e diz que a onda negativa acaba afetando o Brasil, que já estava no vermelho por problemas domésticos. “A gente adiciona injúria ao insulto”, afirma.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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