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Criptomoedas fecham trimestre no positivo e envergonham Nasdaq; Web3 arranca 1760%

31 mar 2023, 18:33 - atualizado em 31 mar 2023, 18:50
Janeiro 2023
Desde janeiro, analistas enxergam um aumento na correlação da criptomoeda com o ouro, indicando uma tese de ativo de proteção (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração)

O Bitcoin (BTC) encerra um excelente primeiro trimestre em 2023 com 70% de valorização, e e é negociado um pouco acima dos US$ 28 mil. Analistas enxergam resistência em US$ 28,8 mil.

Desde janeiro, analistas enxergam um aumento na correlação da criptomoeda com o ouro, indicando uma tese de ativo de proteção.

Após valorizar 70% desde o início do ano, o Bitcoin caminha para fechar seu melhor trimestre desde janeiro a março de 2021, época que subiu cerca de 103%, conforme dados da Bloomberg.

Já o Ether (ETH) também anima investidores desde o início do ano, e valoriza 50% no período, a US$ 1.820 dólares. O valor de mercado das criptomoedas se mantêm no patamar de US$ 1,18 trilhão.

No dia 12 de abril está marcada a próxima atualização da Ethereum, o Shanghai Fork. A atualização da rede trará a possibilidade de saques de Ether que estão atualmente travados em staking, renda passiva.

O desempenho supera de longe o avanço de 5,5% no acumulado do ano do S&P 500 e a valorização de 19% do Nasdaq 100. O Ibovespa ainda precisa comer muito arroz e feijão, já que acumula queda de 2,5% no trimestre.

Entre as altcoins, criptomoedas menores, a que mais avançou neste trimestre foi a Conflux (CFX). O token é nativo de um blockchain que busca acelerar a adoção da Web3, e valorizou 1.760% desde janeiro.

Analista acredita na continuação da tendência de alta

Para Antonio Bertuccio, Head of Strategies da iVi Technologies, gestora de investimentos quantitativos, essa foi uma semana estável para o mercado de criptomoedas, diferente das últimas semanas que nos acostumaram à turbulência e alta volatilidade.

“A situação do Bitcoin é positiva, pois o ativo se encontra estável em uma faixa de preço entre US$ 27 mil e US$ 29 mil”, avalia.

A semana foi marcada pela divulgação do PCE (índice de preços de gastos com consumo) nos Estados Unidos, nesta sexta-feira, 31 de março. Conforme Bertuccio, o índice veio abaixo das expectativas, animando os mercados de renda variável americanos.

“Este reflexo foi sentido também pelo mercado cripto, reforçando a narrativa de que a inflação parece estar cada vez mais controlada e que a política do FED, que resultou no aperto monetário mais rápido da história, pode finalmente começar a mudar. As falas de Powell ao longo das últimas semanas foram positivas para os mercados e o sentimento é que podemos ter mais algumas altas nos juros de 0,25% e que, após uma pausa, podemos começar a ver uma postura mais dovish do BC americano”, explica.

A dominância do Bitcoin em relação às altcoins continua em alta, alcançando novas máximas dia após dia, com a narrativa do Bitcoin como reserva de valor e hedge inflacionário ganhando força.

“Na semana, algumas altcoins focadas em staking e contratos inteligentes obtiveram uma performance superior ao Bitcoin. Os principais tokens foram: LDO, ADA, HBAR, ETH e DOT”, diz.

Para o próximo mês, o especialista diz acreditar em uma continuação da tendência de alta do Bitcoin, impulsionado principalmente pelo sentimento de um possível controle da inflação e pelas políticas menos duras do FED.

“Devemos ver algumas altcoins começando seu movimento de alta mais forte, mas ainda acredito que o Bitcoin vai manter seu papel de liderança no mercado cripto até vermos efetivamente a inflação sendo dominada e as taxas de juros caírem significativamente. A iVi Technologies, no momento, está com uma posição relevante em Bitcoin devido às expectativas para os próximos meses”, finaliza.

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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