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CSN não pode depender apenas do minério de ferro para reduzir dívidas, avalia Credit Suisse

17 jul 2020, 12:52 - atualizado em 17 jul 2020, 12:52
CSN
Segundo o Credit Suisse, a transação permitirá que a CSN renegocie sua dívida sob termos mais atrativos, visto que a Glencore fará um pré-pagamento inicial no valor de US$ 115 milhões (Imagem: Facebook/Companhia Siderúrgica Nacional)

O novo acordo de longo prazo firmado entre a CSN (CSNA3) e a Glencore que estabelece o fornecimento de 4 milhões de toneladas de minério de ferro em cinco anos ajudará a empresa brasileira a melhorar sua estrutura de capital no curto prazo. Mas só no curto prazo.

Segundo o Credit Suisse, a transação permitirá que a CSN renegocie sua dívida sob termos mais atrativos, visto que a Glencore fará um pré-pagamento inicial no valor de US$ 115 milhões. Isso deve tirar um pouco a pressão da alavancagem e ajudar a cobrir as amortizações de dívida durante os próximos meses.

No entanto, o banco não alterou sua recomendação neutra para a ação, com preço-alvo de R$ 11,50. Caio Ribeiro e Gabriel Galvão, autores do relatório obtido pelo Money Times, acreditam que um futuro aumento da oferta de minério de ferro trará pressão aos preços da commodity, o que reverterá a tendência de alta do mercado e manterá a alavancagem da companhia a níveis elevados – principalmente se os desinvestimentos não acontecerem.

Efeito duvidoso

O BTG Pactual (BPAC11) comentou sobre a notícia e foi da mesma opinião que o Credit Suisse.

Para Leonardo Correa e Caio Greiner, o pré-pagamento parece ser um modo inteligente de reforçar o caixa com dinheiro barato e melhorar a liquidez. Por outro lado, a CSN precisa dar mais motivos para mostrar que a ação deveria valer mais.

“O que o mercado busca é a conversão do Ebitda em fluxo de caixa livre, e uma rápida redução da dívida líquida para menos de R$ 25 bilhões, pelo menos”, afirmaram Correa e Greiner.

Dessa forma, a recomendação do BTG também é neutra, com preço-alvo de R$ 13.

Para a XP Investimentos, que tem recomendação de compra e preço-alvo de R$ 14 para a CSN, a intenção de reduzir a dívida já é bastante positiva.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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