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CSP poderá exportar aço para Europa após aquisição pela ArcelorMittal

13 mar 2023, 17:28 - atualizado em 13 mar 2023, 17:28
ArcelorMittal
Com a aquisição da CSP, a ArcelorMittal elevou sua capacidade de produção de aços planos no Brasil para 10,5 milhões de toneladas por ano (Imagem: REUTERS/Francois Lenoir)

A CSP poderá exportar placas de aço para a Europa, ampliando os negócios internacionais da operação brasileira da ArcelorMittal, que concluiu a aquisição da usina cearense na semana passada, afirmaram executivos do maior grupo siderúrgico do mundo nesta segunda-feira.

A CSP, uma das usinas mais novas do parque siderúrgico brasileiro, com 3 milhões de toneladas de capacidade de produção de placas de aço por ano, foi comprada pela ArcelorMittal em um negócio avaliado em 2,2 bilhões de dólares e anunciado em julho do ano passado.

“A ArcelorMittal Pecém poderá ser mais uma opção para Europa… Tem interesse da Europa em ter a CSP como fornecedora de parte da demanda”, disse o presidente-executivo da ArcelorMittal Aços Planos América do Sul, Jorge Oliveira, nesta segunda-feira.

“Isso (pode ocorrer) diante de toda a demanda e agenda de descarbonização da Europa. A ArcelorMittal Pecém pode ser uma alternativa nessa direção”, acrescentou o executivo.

Atualmente, além do mercado interno, a CSP faz eventualmente exportações para América do Norte, incluindo Estados Unidos e México, complementando vendas externas para os EUA já executadas pela usina do grupo no Espírito Santo.

A usina em Pecém, fundada em 2008, deve atingir capacidade plena de produção entre este ano e o próximo, e a ArcelorMittal pretende realizar estudos sobre eventuais ampliações após a conclusão do negócio, em meio à estratégia de verticalização das operações no Brasil. Com mais produção de aço disponível após a aquisição, o grupo terá material adicional para laminar e atender diversos setores, como o automotivo.

Mas o cenário macroeconômico interno e externo traz diversas incertezas para o consumo de aço no Brasil, algo que inclui elevação dos juros que pressiona para baixo a demanda de uma série de produtos, incluindo veículos.

“Vamos ao longo de 2023 aprofundar os estudos para entender se a verticalização faz sentido nos próximos quatro, cinco anos”, disse Oliveira.

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“Hoje, não estamos vendo risco de excesso de capacidade de produção. Estamos confiantes na verticalização”, acrescentou.

A CSP atualmente atingiu um ritmo de produção anual de 2,85 milhões de toneladas de aço, e a prioridade de curto prazo é “fazer uma integração saudável das duas operações, disse Oliveira.

O executivo lembrou que o grupo identificou à época do anúncio do negócio oportunidades de sinergias de custos de 50 milhões de dólares por ano com a integração da CSP e comentou que o valor está confirmado como possível de ser obtido.

Com a aquisição da CSP, a ArcelorMittal elevou sua capacidade de produção de aços planos no Brasil para 10,5 milhões de toneladas por ano, enquanto a capacidade total, incluindo longos, sobe para 15,5 milhões de toneladas.

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