DAO para criação de dapps na Ethereum lança fundo de capital de risco descentralizado

DAO, uma bifurcação da Moloch DAO, foi criada em 2019 com o objetivo de ajudar na criação de valor na camada de aplicações da Ethereum.

Foi construída em um modelo parecido de levantar capital dos acionistas com um claro interesse na meta estabelecida pela empresa e, então, implementando os fundos onde fosse necessário.

Apesar de conseguir levantar mais de mil ethers, a sustentabilidade do modelo foi questionada já que aqueles que financiaram as iniciativas não teriam vantagem.

Recentemente, a equipe anunciou MetaCartel Ventures (MCV), uma DAO com fins lucrativos criada com uma pessoa jurídica conhecida como “Grimoire” a fim de fazer investimentos e se beneficiar do seu sucesso.

A participação na DAO constitui participação societária na sociedade de responsabilidade limitada (LLC, na sigla em inglês) e todos os membros podem participar na obtenção, diligência e votação dos investimentos.

Para participar, um associado deve enviar uma proposta em nome dos membros prospectivos nos quais votou.

De forma parecida com os precursores de DAOs sem fins lucrativos, os membros podem sair a qualquer momento e receberem uma proporção determinada (“pro rata”) dos fundos na forma de tokens líquidos, como ether ou dai, ou reivindicar a mesma porcentagem de ativos DAO geradores de receita.

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A DAO original tinha objetivos ambiciosos para descentralizar capital de risco e gerar muitos juros levantando US$ 15 milhões. Um contrato inteligente mal desenvolvido levou ao seu fim e, junto com ele, o abandono da ideia como um todo.

No entanto, muitos ainda querem ver a ideia florescer e estão apostando em suas capacidades de fornecer rendimentos superiores ao modelo hierárquico tradicional do capital de risco.

Iniciativas como a MCV e a (nova) DAO vão nos dar a oportunidade de os modelos de capital de risco descentralizados tomarem forma e testarem se podem, de fato, ser um modelo superior de coordenação.

Escrevemos sobre isso nas nossas CriptoTeses para 2020, mas DAOs para gestão de bens públicos é um modelo menos sustentável para empresas com fins lucrativos porque, no futuro, esses capitais contribuintes vão querer ter vantagem financeira enquanto ainda contribuem com o crescimento da indústria.

Esperamos que mais DAOs criem esses híbridos jurídicos a fim de oferecer aos fornecedores de capital esse benefício, senão eles provavelmente vão ficar sem dinheiro.