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De novo CEO a Taylor Swift: O que explica a disparada de 90% da T4F (SHOW3)

14 jun 2023, 15:36 - atualizado em 14 jun 2023, 15:37
Rock in Rio
Time For Fun comanda uma das maiores altas da Bolsa em maio. (Imagem: Unsplash/ActionVance)

Com a vinda da cantora Taylor Swift para o Brasil, a Time For Fun (T4FSHOW3) voltou aos holofotes do público e do mercado.

Se, por um lado, a empresa ganhou status de vilã na trama que envolve a disputa dos “swifties” (fãs da cantora-compositora norte-americana) com cambistas e o esgotamento rápido de ingressos, pelo lado do mercado, a empresa de entretenimento está dando um show à parte na B3.

Nos últimos 30 dias, a ação SHOW3 subiu 90% e hoje está sendo cotada a R$ 2,77. O movimento recente mostra algum alívio para a produtora de eventos. O fato é que a empresa já vinha patinando em termos de crescimento desde a pré-pandemia.

O rali sobre as ações da Time For Fun começou mesmo a partir do dia 24 de maio. Neste dia, a empresa de entretenimento havia comunicado a troca do seu CEO, levando a uma disparada de 11,95% do papel no dia 25.

Desde então, a chegada de Serafim Abreu no comando da Time For Fun despertou o otimismo nos investidores. O fim do contrato da empresa com o festival americano Lollapalooza e o começo de um novo com o espanhol Primavera Sound indicam novos caminhos para a produtora.

O avanço da confiança também seguiu o aumento da exposição da Loyall Investimentos, que praticamente dobrou o seu portfólio em ações da Time For Fun no mês passado.

Nesse embalo recente, o comunicado dos shows de Taylor Swift no Brasil — com todas as datas esgotadas — veio como uma cereja no bolo. Após o dia 1º de junho, a data do anúncio pela Time For Fun, o papel negociado na B3 subiu cerca de 8%.

Caos envolvendo Time For Fun marca praxe de grandes shows no Brasil

O Procon-SP notificou a Time For Fun (T4F – SHOW3) depois de uma análise preliminar das reclamações registradas no site do órgão de defesa do consumidor. Os consumidores reclamam que os ingressos teriam se esgotado em poucas horas nos canais oficiais.

Isso, no entanto, não está impedindo de esses ingressos serem anunciados e vendidos em sites não oficiais a preços muito maiores, destaca o órgão de defesa do consumidor. Há ainda notícias sendo divulgadas pela imprensa sobre a falta de organização nos pontos de venda físicos, em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, criminosos estão se aproveitando da procura dos fãs para aplicarem golpes.

Esta não é a primeira vez que uma produtora de grandes eventos encara a fúria do público. A Eventim, produtora alemã com operação no Brasil, também foi alvo de notificações do Procon, em razão de problemas envolvendo a venda de ingressos para a banda mexicana RBD.

Ainda em 2022, a mesma Eventim esteve envolvida em um episódio parecido durante a venda de ingressos da banda britânica Coldplay e da cantora canadense Avril Lavigne, dois dos shows que a plataforma assumiu a venda oficial dos ingressos.

Apesar dos ingressos mais caros — fruto da inflação local, dos cachês mais altos e da apreciação do dólar –, a demanda por grandes eventos floresceu no Brasil a partir de 2022.

Essa procura fez com que o país retornasse à rota de artistas e festivais, alguns dos quais permaneciam fora do país desde o meio da década passada.

Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
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