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De olho no boi: O foco do mercado no começo de 2024

22 dez 2023, 14:58 - atualizado em 22 dez 2023, 14:58
boi gordo
A depender do escoamento da carne bovina no Natal e no Ano Novo, há chance para uma pressão de baixa no mercado do boi gordo (Imagem: Embrapa/Fabiano Marques Dourado Bastos)

O mercado do boi gordo chega na semana que antecede o Natal com preços mais altos e uma elevação de 4,38% na parcial de dezembro, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), muito em função da demanda aquecida pela carne com as festas de fim de ano.

De acordo com Felipe Fabbri, da Scot Consultoria, o mercado do animal segue bem moroso, com poucos compradores ativos. “Os frigoríficos já estão com escalas programadas para os próximos dias e não muita alteração nas referências, com os negócios entre R$ 245 e R$ 250, o que deve se manter para os próximos dias”, explica.

Para Fabbri, o ponto de atenção para os próximos dias fica por conta dos estoques elevados, o que preocupa a indústria, o que resulta em uma pressão de baixa no mercado atacadista da carne com osso, o que pode resultar em queda neste mercado na próxima semana.

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O que mexe com o mercado do boi gordo no início de 2024?

A partir desse cenário de estoques elevados, a depender de como se dará o escoamento da carne bovina no Natal e no Ano Novo, isso pode resultar em uma pressão de baixa no mercado do boi gordo no início de 2024.

“Esse é o principal aspecto para ficarmos de olho. Além disso, os primeiros meses do ano tendem a ser de menor consumo doméstico e se entrarmos numa virada de ano com uma perspectiva de um consumo mais fraco e estoques relativamente elevados, isso pode gerar uma pressão por parte das indústrias em 2024”, diz.

Assim, o que pode limitar essa pressão de baixa, segundo o analista, são as boiadas, oriundas de sistemas de produção de pastagem.

“Isso dá ao pecuarista um melhor poder de barganha, já que as chuvas não vieram em bons volumes entre outubro e dezembro para a qualidade nutricional do capim, e isso pode levar a uma oferta um pouco mais compassada. Dessa maneira, essa dinâmica de oferta e demanda daqui para frente será um ponto chave para ditar os preços. De forma geral, não enxergo uma alta significativa dos preços no começo de 2024”, finaliza.

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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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