RenovaBio

Derretimento dos CBios na sexta era sinal de que as distribuidoras apostavam em liminar derrubando a meta

10 nov 2020, 18:40 - atualizado em 10 nov 2020, 18:52
Etanol Combustíveis
Vendas baixas de etanol estão na base do argumento a favor da liminar que cortou meta de CBios (Imagem REUTERS/Sergio Moraes)

Money Times, no domingo (8), discutiu o derretimento dos preços dos Créditos de Descarbonização (CBios), que em poucos dias perderam mais de R$ 15 do valor de face, sendo negociados na sexta a R$ 46. Era sinal claro de que as distribuidoras já estavam fora das compras e apostavam em liminar favorável, expedida ontem, reduzindo a meta de aquisições dos títulos pela metade este ano.

E elas conseguiram mais: os negócios nesta terça (10) travaram dez vez, de modo que se a judicialização não for derrubada, o movimento com os títulos na B3 (B3SA3) vai despencar tanto quanto os preços.

Corretora importante do mercado intermediou CBios a R$ 38 a duras penas hoje.

Mais uma vez o RenovaBio é colocado em cheque.

Há alguns meses, quando a pandemia se pronunciou sobre a queda do consumo de etanol, as distribuidoras – todas, grandes, médias e pequenas -, forçaram o Ministério de Minas e Energia a defender uma meta menor. Também foi cortada pela metade, ficando em 14,5 milhões até dezembro.

Agora, a Brasilcom, que representa 42 empresas, menos as três grandes, conseguiu que um juiz desse autorização para elas “poluírem mais”, segundo dura nota da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).

A Ubrabio, que agrega as empesas de biodiesel, igualmente criticou a medida solicitada pelas comercializadoras de combustíveis.

O segmento, parte obrigatória na compra do papel, pelo modelo de financeirização do RenovaBio, que as obrigam compensar a venda de combustíveis fósseis, pode fechar a meta em 7,25 milhões de CBios.

Como esse volume já foi negociado, daí que não haverá mais compras.

Sob o argumento de que o mercado de biocombustível segue fraco, mais a ameaça velada de transferir para os preços do produto o custo financeiro dos CBios, fica valendo a liminar até que possa – ou não – ser derrubada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
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