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Diretora financeira da Coinbase avalia estreia da empresa no mercado

15 abr 2021, 13:25 - atualizado em 15 abr 2021, 13:25
Devido à grande porcentagem da receita da Coinbase ser proveniente de taxas de transação, Alesia Haas afirmou que a empresa irá diversificar seus produtos para variar fontes de receita (Imagem: Twitter/Coinbase)

A corretora cripto Coinbase está, oficialmente, sendo negociada na Nasdaq sob o ticker COIN, e a diretora financeira da empresa tem uma mensagem para Wall Street: os negócios da Coinbase não podem ser definidos em somente uma categoria.

“Coinbase é a Coinbase para cripto”, disse Alesia Haas em uma mensagem ao The Block. A corretora cripto –  que viu o preço de suas ações disparar durante as negociações dessa quarta-feira (14) – foi referida como o “Google do mundo cripto”, a “Goldman Sachs do mercado”, ilustrando a sua posição central no mundo de blockchains.

Após o início da listagem, as ações da empresa chegaram a ser negociadas a mais de US$ 420, mas logo caíram para US$ 310, antes de terminarem o dia no valor de US$ 328. Neste momento, as ações da empresa estão sendo negociadas a US$ 332.

Conforme observado por Eric Balchunas, da Bloomberg, durante seu primeiro dia de listagem, a $COIN foi negociada mais vezes que a SPY. 

Porém, Haas quer que possíveis investidores tenham uma percepção mais ampla da empresa, a qual arrecadou a maior parte de suas receitas em custódia e em serviços relacionados a negociações.

Apesar de essas receitas terem totalizado, no primeiro trimestre de 2021, estimados US$ 1,8 bilhões, o principal setor de corretagem da empresa pode ser ameaçado, no futuro,  por redução de taxas. 

“Estamos focados no longo prazo, em que continuaremos diversificando nossos produtos”, disse Haas.

“Hoje, estamos principalmente investindo, no entanto, curiosamente, estamos vendo mais de 20% dos usuários se engajando em vários produtos – de staking a ganhos e de tomada e concessão de empréstimos.”

Atualmente, quase 90% das receitas da Coinbase provêm de taxas de transações. Entretanto, a diretora financeira disse ao The Block que essas receitas serão diversificadas.

“Ainda não sabemos qual produto irá agregar maior valor”, disse ela. “Temos produtos relacionados a pagamentos e corretagem, além do ecossistema mais abrangente de criptomoedas. O valor pode ser agregado de diversas maneiras. Pode levar de cinco a dez anos até que isso aconteça. Porém, nós tentaremos criar uma plataforma que possa ser usada em todos os novos tipos de transação existentes, desde moedas fiduciárias a cripto até finanças descentralizadas (DeFi).”

Não é segredo que a Coinbase opera em um ambiente cada vez mais competitivo, não somente com relação a corretoras cripto mas também com uma lista crescente de fintechs e de outros serviços financeiros que desejam alavancar suas capacidades cripto, como um novo modo para monetização e engajamento de usuários. 

Haas disse que a história da empresa tanto em finanças cripto como em tradicional serviria, no futuro, como um diferencial competitivo

“Estamos competindo com outras empresas nativas em cripto e companhias de serviços financeiros. Do lado cripto, estamos profundamente comprometidos com a compliance, com o modo como nos posicionamos. Enquanto que, em comparação com Square, PayPal e Fidelity, nós somos nativos em cripto. Somos muito integrados com protocolos cripto, mas não estamos produzindo uma simples experiência com bitcoin e nem somos inacessíveis como várias dessas plataformas.”

A participação da Coinbase em ativos na plataforma (AoP, na sigla em inglês) em relação ao valor total de mercado cripto só cresceu nos últimos dois anos. Em 31 de março de 2021, a empresa estimou ter mais de US$ 220 bilhões em cripto em sua plataforma. 

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