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Disney (DISB34): A magia acabou?

17 out 2023, 14:29 - atualizado em 17 out 2023, 14:29
Disney
Neste artigo, exploraremos a recente história da Disney, destacando os eventos que moldaram seu presente e as estratégias que visam garantir um futuro brilhante (Imagem: Reuters/Brendan McDermid)

A Disney (DISB34), um nome que há muito tempo traz a nossa mente imagens de contos de fadas e sucessos nos negócios, enfrentou um período desafiador nos últimos cinco anos, com suas ações caindo aproximadamente 25%.

Diante dessa queda, surge uma pergunta provocadora: a magia acabou para este gigante do entretenimento? É uma questão que tem intrigado investidores e observadores do mercado.

Neste artigo, exploraremos a recente história da Disney, destacando os eventos que moldaram seu presente e as estratégias que visam garantir um futuro brilhante.

Além disso, discutiremos os catalisadores de crescimento que podem oferecer oportunidades de investimento.

Reviravolta com Bob Iger

A transformação da Disney em um império de entretenimento digital começou com a visão de um homem: Bob Iger. A saída do ex-CEO Michael Eisner em 2005 marcou um ponto de virada crucial para a empresa.

A chegada de Bob Iger como CEO trouxe uma nova era de inovação e expansão. Iger não apenas valorizou o legado da Disney, mas também a orientou na direção do futuro.

No entanto, após a conturbada gestão de seu sucessor, Bob Chapek, a Disney enfrentou desafios. A controversa decisão de Chapek de lançar “Black Widow” simultaneamente no Disney+ e nos cinemas gerou atritos com os principais talentos da empresa entre outros fatos relevantes que aconteceram.

Diante desse cenário, Bob Iger retornou ao comando da companhia, visando estabilizar a situação e recuperar a trajetória de crescimento.

Disney+ – O Divisor de Águas

O lançamento do Disney+ representou uma virada de jogo significativa para a Disney. A estratégia da empresa se concentra em atender às demandas dos consumidores e desenvolver a tecnologia necessária para isso.

A Disney já estava testando suas capacidades no mundo do streaming com o DisneyLife no Reino Unido e Irlanda de 2015 a 2019. A empresa adquiriu uma participação na Bam Tech em 2016 e, posteriormente, comprou a empresa inteira em 2017.

Essas ações marcaram o início de uma batalha com a Netflix e confirmaram o compromisso da Disney em competir no mercado de streaming e assumir o controle de seu próprio conteúdo.

Catalisadores de Crescimento

  1. expansão internacional de parques e experiências: A Disney tem experimentado um aumento notável na receita de seus parques internacionais. Com o relaxamento das restrições de viagem em Hong Kong e Japão, a empresa está em uma posição única para capitalizar a demanda reprimida por suas atrações em parques temáticos. O aumento nos preços dos ingressos em várias localidades promete impulsionar ainda mais a receita nesse setor.
  2. lucratividade do Disney+: A Disney está empenhada em otimizar o Disney+, tornando-o lucrativo. A empresa está implementando medidas para reduzir custos, otimizar a monetização e aumentar a base de assinantes. Além disso, a contratação de talentos experientes de empresas de streaming concorrentes pode fortalecer sua oferta de conteúdo original e impulsionar a aquisição de assinantes.
  3. dividendos e recompra de ações: A Disney está trabalhando para restabelecer dividendos e, possivelmente, retomar o programa de recompra de ações. Isso é uma boa notícia para os investidores, uma vez que indica a saúde financeira da empresa e recompensa os acionistas, tornando as ações mais atraentes.

Notícia Recente

A recente notícia de que o investidor institucional Nelson Peltz quintuplicou sua posição na Disney adiciona um elemento intrigante à história da empresa.

Peltz, conhecido por suas estratégias de investimento bem-sucedidas, expressou seu interesse na Disney e seu desejo de ver a “mágica” retornar à empresa.

Esse voto de confiança de um investidor institucional de alto perfil destaca o potencial que outros investidores podem ver na Disney.

Conclusão

Enquanto a Disney enfrenta desafios no mercado de entretenimento e investimentos, sua história de transformação e adaptação continua a inspirar.

Como investidores, é crucial analisar profundamente os fundamentos da empresa, suas estratégias e seu potencial de crescimento a longo prazo.

A Disney demonstrou sua capacidade de reinvenção e permanece como um gigante do entretenimento e dos investimentos.

No entanto, os riscos associados a qualquer investimento não devem ser subestimados, especialmente em um mercado em constante mudança.

A pergunta que fica é se a “magia” da Disney ainda tem o poder de cativar os investidores ou se é hora de explorar outras opções no mercado.

Head de análise da Dividendos.me
Guilherme Gentile é Head de análise da Dividendos.Me. Graduado em Ciências Contábeis pela PUC-SP, com MBA pela FGV e IBMEC, tem mais de 10 anos de experiência na área financeira em empresas multinacionais, mais de 5 anos de experiência como auditor externo em “Big four” e investe em renda variável desde 2014.
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Guilherme Gentile é Head de análise da Dividendos.Me. Graduado em Ciências Contábeis pela PUC-SP, com MBA pela FGV e IBMEC, tem mais de 10 anos de experiência na área financeira em empresas multinacionais, mais de 5 anos de experiência como auditor externo em “Big four” e investe em renda variável desde 2014.
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