Dividendos: 22 analistas elegem os melhores papéis da bolsa para lucrar em outubro; veja seleção

Se no último mês Vale (VALE3) empatou com Vivo (VIVT3) como preferida dos analistas para buscar dividendos, para outubro a mineradora tomou a frente e se consagrou a mais indicada, com 12 recomendações. A telecom vem logo atrás, com 10.

Os papéis de estatais, como Petrobras (PETR4) e Banco do Brasil (BBAS3), também estão entre os destaques de indicações para este mês, com 9 indicações cada. É o que mostra levantamento do Money Times que revirou as carteiras de 22 bancos, corretoras e casas de análise.

O BTG foi um dos que incluíram Vale no portfólio. De acordo com os analistas, há uma perspectiva de melhora no momento operacional durante o segundo semestre de 2023, juntamente com uma reaceleração da economia chinesa, provavelmente sustentando os preços do minério de ferro em níveis elevados.

“Agora estamos mais confiantes de que o pior momento operacional da empresa ficou para trás, e que a produção/vendas e o desempenho de custos devem continuar a melhorar – acreditamos que há muito pouco de recuperação da performance operacional precificado nas ações neste momento”, dizem.

Neste cenário, a Vale continua sendo um dos nomes preferidos do BTG para exposição à reaceleração na China, à medida que o governo se esforça para atingir sua meta de crescimento de ~5% para o ano (medidas de estímulo devem continuar a ser feitas).

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Na avaliação do Inter, a Vale tem tese de maior qualidade mantida e a geração de caixa deve seguir forte, apesar de menor patamar ante 2022.

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“Mantemos otimismo quanto à geração de caixa da companhia em virtude do atual patamar de preços das commodities metálicas e da sua já conhecida estrutura de custos, apesar da recente pressão observada”, pontuam.

Vivo vem logo atrás

Os papéis da Vivo também estão em destaque entre as mais indicadas para outubro. Para analistas da Ágora, a ação oferece bons retornos via dividendos, implicando, em última análise, menor volatilidade esperada.

“Os últimos resultados vieram bastante em linha com as expectativas do consenso e mostraram boas tendências nas receitas móveis, refletindo a melhoria do ARPU (receita média por usuário)”, destacam.

Já o Santander tem a ação como top pick no setor de telecomunicações e destaca a aprovação da potencial redução de capital como positiva. No dia 15 de setembro, a Vivo divulgou ao mercado que o conselho da Anatel aprovou, por unanimidade, o pedido da empresa para uma potencial redução de capital de até R$ 5 bilhões (~7% do valor de mercado).

“Vemos a aprovação da Anatel como positiva, pois acreditamos que a redução de capital fornecerá à Vivo todos os mecanismos necessários para distribuir a maior parte de sua geração de FCL de volta aos acionistas”, explicam.

Estatais seguem relevantes em dividendos

As estatais seguem com seu lugar ao sol quando se trata de dividendos. Banco do Brasil e Petrobras empatam com 9 noves indicações cada, mostrou o levantamento.

Analistas do Inter evidenciam que o BB segue sendo atrativo e com alto nível de pagamento de proventos, sendo para 2023 já foram garantidos 40% de payout.

“Aliado a uma carteira de crédito defensiva que favorece o banco em um cenário macro mais desafiador na qualidade do crédito, como o que estamos vivenciando, o BB ainda se mostra como uma opção de solidez e resiliência nos resultados para este ano”, argumentam.

Já sobre Petrobras, o BTG acredita que a petroleira em breve atingirá os limites superiores de sua reserva de lucro, conforme estabelecido em seu estatuto.

“Então, a menos que crie uma reserva estatutária para alocar a forte geração de caixa esperada para o segundo semestre de 2023, a companhia terá que pagar mais do que o estipulado em sua política de dividendos (45% do Fluxo de caixa menos capex)”, avaliam.

Confira as campeãs de indicação para outubro:

Levantamento

O levantamento do Money Times levou em consideração as informações das carteiras de ações divulgadas por 22 instituições. Para outubro, foram indicadas 47 ações, somando 156 recomendações.

Participaram do levantamento Ágora, Ativa, BB Investimentos, BTG Pactual, Nu invest, Eleven, Empiricus, Genial, Guide, Inter, Itaú BBA, Levante, MyCap, Nova Futura, Warren, Órama, PagBank, Planner, Banco Safra, Santander, Terra e XP.