Dólar

Dólar tem nova queda e fecha a R$ 5,63 com negociações sobre o IOF

03 jun 2025, 17:07 - atualizado em 03 jun 2025, 17:19
Tesouro nacional títulos públicos
O dólar perdeu força pela 2ª sessão consecutiva com expectativas de revogação do IOF; dados de emprego e tarifas de Trump continuaram no radar (imagem: Getty Images)

O dólar operou em queda pela segunda sessão consecutiva com as discussões sobre Imposto sobre as Operações Financeiras (IOF) no centro das atenções. Dados econômicos e negociações tarifárias entre os Estados Unidos e os países parceiros comerciais seguiram no radar.

Nesta terça-feira (3), o dólar à vista (USDBRL) encerrou as negociações a R$ 5,6358, com queda de 0,70% ante o real. 



O movimento destoou da tendência vista no exterior. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, subia 0,58%, aos 99,286 pontos.

  • LEIA MAIS: Comunidade de investidores Money Times reúne tudo o que você precisa saber sobre o mercado; cadastre-se

O que mexeu com o dólar hoje?

As discussões sobre o Imposto sobre as Operações Financeiras (IOF) dominaram o noticiário doméstico e, consequentemente, movimentou o câmbio — fortalecendo o real ante o dólar.

Pela manhã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não teve problema em rediscutir o decreto que elevou alíquotas do IOF.

“Em nenhum momento o companheiro Haddad teve qualquer problema de rediscutir o assunto”, disse Lula em coletiva de imprensa, em Brasília. A apresentação do IOF foi o que eles pensaram naquele instante. Aí, se aparece alguém com ideia melhor e ele topa discutir, vamos discutir”.

Já no final da tarde, Haddad disse que há espaço para novas mudanças no IOF se medidas fiscais estruturais em discussão pelo governo avançarem. Segundo ele, nenhuma iniciativa será anunciado antes de uma reunião com lideranças partidárias do Congresso Nacional, prevista para o próximo domingo (8).

“Estamos tendo esse cuidado todo porque dependemos dos votos do Congresso Nacional, que precisa estar convencido de que esse é o caminho mais consistente do ponto de vista macroeconômico”, disse o chefe da pasta econômica.

No fim de maio, o governo anunciou as elevações no IOF sobre uma série de operações cambiais, de crédito e de previdência privada. A medida gerou forte reação política, foi parcialmente revertida, mas ainda enfrenta resistência, o que levou a equipe econômica a analisar ações alternativas.

Dólar sobe no exterior

No exterior, o dólar operou em alta ante moedas globais. Os investidores seguiram monitorando as negociações tarifárias entre os Estados Unidos e os países parceiros comerciais.

Nesta terça-feira (3), a Casa Branca disse que está monitorando ativamente a conformidade da China com o acordo tarifário alcançado entre os dois países no mês passado. A porta-voz, Karoline Leavitt, também reiterou que o presidente Donald Trump conversará em breve com o presidente chinês, Xi Jinping.

O Ministério das Relações Exteriores da China reiterou a posição do país quanto a “acusações falsas” dos EUA sobre violação da trégua tarifária firmada em Genebra. A pasta pediu que o governo Trump “respeite os fatos, interrompa o compartilhamento de desinformação, reverta suas ações e atue para honrar o consenso bilateral”.

Vale lembrar que na semana passada, o presidente norte-americano acusou Pequim de descumprir um acordo entre os dois países para reduzir mutuamente as tarifas e as restrições comerciais sobre minerais essenciais

Além disso, a União Europeia não recebeu uma carta dos EUA, em que o governo Trump teria exigido que uma apresentação de oferta “melhor” pelo bloco econômico para as negociações comerciais, de acordo com uma fonte familiarizada à Reuters.

Após um telefonema com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, Trump restabeleceu o prazo de 9 de julho para permitir a continuidade das negociações entre Washington e Bruxelas.

O mercado de câmbio também reagiu a novos dados dos Estados Unidos. Entre eles, a abertura de postos de trabalho no país subiu para 7,391 milhões em abril, segundo o relatório Jolts, divulgado hoje pelo Departamento de Trabalho norte-americano. O resultado ficou acima da expectativa dos analistas, que previam criação de 7,1 milhões de vagas no período.

Os EUA acompanham uma bateria de dados de emprego ao longo da semana, sendo o payroll o mais esperado e que deve ser divulgado na próxima sexta-feira (6).

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual — toda semana, com curadoria do Money Picks

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar