Dólar

Dólar dispara aqui e lá fora e motivo tem nome e sobrenome; entenda

07 mar 2023, 13:37 - atualizado em 07 mar 2023, 13:37
Jerome Powell
Dólar ganhou força aqui e no exterior e sobe perto de 1% após Powell, do Fed, ser mais agressivo sobre juros nos EUA (Imagem: flickr/ Federal Reserve)

Em alta desde a abertura do pregão desta terça-feira (07), o dólar à vista passou a subir 1% e renovou máximas do dia acima de R$ 5,20 e o motivo tem nome e sobrenome: Jerome Powell.

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) discursa no Congresso dos Estados Unidos e deixou há pouco uma mensagem bastante clara em relação ao futuro da política monetária.

“Espere por mais altas nos juros e uma taxa terminal mais elevada”, declarou, acrescentando que o “Fed está preparado para acelerar ritmo de alta dos juros, caso indicadores apontem necessidade”.

Por volta das 13h30 (de Brasília), o dólar à vista subia 0,8% frente ao real, cotado a R$ 5,19 para venda. O contrato futuro com vencimento em abril tinha alta de 0,5%, a R$ 5,23. Lá fora, o Dollar Index (DXY) ganhou força e disparava perto de 1%, acima de 105,3 pontos.

Dólar é atingido em cheio com Powell ‘agressivo’

Esse movimento de alta do dólar reflete o aumento das apostas para alta de 0,50 ponto porcentual (pp) nos juros pelo Comitê do Fed (Fomc) neste mês. A próxima decisão de política monetária do Fed sairá no dia 22.

“Powell foi mais agressivo”, diz o diretor de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik.

Já o gerente da mesa de operações da StoneX, Marcio Riauba, destaca Powell falará amanhã no Congresso e que um indicador importante pode continuar a fazer preço no dólar e ajudar o Fed na condução da política monetária.

“Os juros futuros nos Estados Unidos reduziram a queda também. Provavelmente, virá uma alta de 0,50 pp no dia 22. E na sexta-feira, ainda tem o payroll [relatório do mercado de trabalho americano]”, lembra o profissional do banco de câmbio.

Com isso, ele acrescenta que a “aversão ao risco deve se manter e o Brasil vai sofrer com isso”, ainda mais com as questões políticas locais.

Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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