Mercados

Dólar vai a R$ 5,50 e renova máxima desde janeiro com riscos locais

21 jul 2022, 15:36 - atualizado em 21 jul 2022, 15:37
Dólar
Dólar é negociado em alta em relação ao real, cotado acima da marca de R$ 5,50, nos maiores níveis desde janeiro, em meio a incertezas fiscais e tensão eleitoral no Brasil (Imagem: Pixabay/ilheufx)

O dólar é negociado em alta em relação ao real, cotado acima da marca de R$ 5,50, nos maiores níveis desde janeiro. O movimento reflete as incertezas fiscais e a tensão eleitoral no Brasil.

Por volta das 15h, o dólar subia 0,65%, cotado a R$ 5,5072, depois de subir até R$ 5,5147, na máxima do dia até então.

Já no exterior, o índice DXY, que mede a força do dólar ante uma cesta de moedas, caía 0,10%, abaixo dos 107 pontos, com os mercados reagindo à decisão do BCE.

No Brasil, as incertezas fiscais e a proximidade das eleições presidenciais têm pressionado a curva de juros futuros para níveis não vistos desde 2016, enquanto o dólar está no maior patamar desde janeiro.

“Foco interno fica a cargo do crescente risco fiscal, deteriorado recentemente pela questão do ICMS (PEC das bondades), e que tem piorado a percepção dos players do mercado com os ativos locais”, destacou a Commcor, em nota mais cedo.

Dólar entre Bolsonaro e Lula

Do lado da disputa eleitoral, o mercado tende a se concentrar na agenda econômica para o próximo mandato. “É consenso que, se o governo atual conseguir a reeleição, espere-se uma mudança de política de volta à ortodoxia – ou, pelo menos, uma abordagem menos populista”, comenta o diretor de tesouraria de um banco estrangeiro.

“Por outro lado, a agenda em caso de vitória da oposição é desconhecida, ou melhor, um livro aberto”, emenda o profissional. Ele lembra que após 13 anos no poder, o antigo governo teve dois períodos distintos: de 2003 a 2009 houve uma continuação do legado do governo FHC.

“O segundo período, porém, foi uma tentativa de implementar um “programa nacional”, como aconteceu nos anos 70”, lembra o diretor, referindo-se a uma política monetária suave combinada com uma moeda mais fraca, o que acabou gerando inflação e nenhum crescimento.

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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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