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Duas novatas e uma commodity: veja as small caps mais indicadas para julho, segundo 13 analistas

05 jul 2021, 17:22 - atualizado em 05 jul 2021, 17:52
Mercados-Empresas-Ações-Bolsa
Para julho, é esperado que a reforma tributária ganhe corpo no Congresso, o que poderá gerar elevada volatilidade (Imagem: Pixabay)

Junho foi mais um mês de crescimento para o mercado acionário brasileiro. Uma combinação de alta das commodities, investimentos externos e elevação do ritmo de vacinação fez com que o Ibovespa subisse 0,46%.

O índice chegou a ultrapassar os 130 mil pontos, mas recuou nos últimos pregões devido à reforma tributária e o seu impacto sobre a taxação de dividendos.

Por outro lado, o índice small capps, que reúne empresa com valor de mercado menor mas com grande potencial de alta, não viu a cor dos problemas tributários e subiu 1,29%.

“O índice prosseguiu com a forte alta observada no mês anterior, atingindo as duas resistências calculadas no último estudo”, aponta o BB Investimento.

Para julho, é esperado que a reforma tributária ganhe corpo no Congresso, o que poderá  elevar ainda mais a volatilidade da Bolsa.

Outro ponto importante para o mês, destaca a Guide, é o início das discussões em torno do fim dos estímulos nos EUA, o que contribuirá para o cenário de depreciação do real frente ao dólar e a desaceleração no avanço das principais commodities.

Em dúvida em quais ações escolher para comprar?

O Money Times revirou carteiras de 13 analistas para descobrir quais empresas estão no radar das principais corretoras do país.

No total, 78 ativos foram recomendados pelo menos uma vez, entre units, ações preferenciais e ordinárias. Esse conjunto de papéis somou 102 indicações.

Aeris
Segundo a Easynvest, que recomendou as ações da Aeris, a empresa terá “bons ventos” pela frente (Imagem: Reprodução/ Linkedin da Aeris)

Pequenas mas notáveis: as mais indicadas

Ao todo, três ações empataram entre as mais indicadas, sendo duas novatas: a Petz (PETZ3) e a Aeris (AERI3), e com uma forte exposição às comoodities, a Ferbasa (FESA4). Cada uma recebeu três indicações.

Segundo a Easynvest, que recomendou os papéis da Aeris, a empresa terá “bons ventos” pela frente. A fabricante de pás elétricas surfa um bom momento em meio às discussões sobre a diversificação da matriz energética brasileira por conta da crise hídrica.

“Em um mercado que não para de crescer devido à busca por uma energia mais limpa, a Aeris se posiciona como um companhia com um futuro bastante promissor”, diz.

No caso da Ferbasa, a Guide Investimentos lembra que a empresa é líder nacional na produção de ferro-ligas, e a única produtora integrada de ferro-cromo das Américas.

“Destacamos as ferroligas do tipo FeSi, que devem ser beneficiadas com preços mais elevados no trimestre, o que deve assegurar um bom resultado para o segundo trimestre”, aponta o analista Luis Sales, que assina a carteira.

Para a Petz, Sales afirma que as ações da companhia vêm apresentando desempenho positivo desde a sua abertura de capital em setembro, o que pode ser justificado pelo case de sucesso da varejista.

“Acreditamos que a Petz ainda possui muitas oportunidades de crescimento nos próximos meses, como continuidade da sua estratégia de expansão de lojas, maior investimento em omnichanel, o que permitirá o cadastramento de mais unidades no canal digital e assim colaborará para redução de despesas com logísticas e melhora da experiência do cliente, expansão das vendas mesmas lojas”, pontua.

Participaram do levantamento: ÁgoraBB InvestimentosBTG PactualEasynvestEleven, EliteGenialGuide Investimentos, Inversa, Mirae, Santander, XP Investimentos Terra.

Veja o documento:

Small Caps Ticker Indicações
Aeris AERI3 3
Ferbasa FESA4 3
Petz PETZ3 3
Bemobi BMOB3 2
Brasil Agro AGRO3 2
CSU CARD3 2
CVC CVCB3 2
Hermes Pardini PARD3 2
Hidrovias do Brasil HBSA3 2
Intelbras INTB3 2
Iochpe MYPK3 2
Irani Papel e Embalagem RANI3 2
Jalles JALL3 2
JHSF JHSF3 2
Orizon ORVR3 2
PetroRio PRIO3 2
Santos Brasil STBP3 2
Simpar SIMH3 2
Tegma TGMA3 2
Tupy TUPY3 2
Vamos VAMO3 2

 

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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