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É possível se expor ao crescimento econômico do mundo com ETF na B3?

15 nov 2021, 9:00 - atualizado em 16 nov 2021, 10:36
Mercados - Wall Street - NYSE
Será que dá para driblar isto: a compra de ações no exterior ainda é consideravelmente inacessível para muitos investidores de varejo (Imagem: Reuters/Brendan McDermid)

Será que na própria B3 (B3SA3), sem a necessidade de abertura de conta em corretora no exterior, é possível encontrar um ativo acessível e diversificado que exponha o investidor brasileiro ao crescimento econômico global? Essa é a proposta do ETF WRLD11 lançado pela gestora Investo no final de outubro.

“O fundo WRLD11 permite ao investidor contrabalancear o risco-país. Visto que o brasileiro já tem o seu salário e os custos de vida atrelados somente à economia local, ao menos os investimentos podem estar expostos à dinâmica global”, afirma Cauê Mançanares, CEO da Investo, durante entrevista concedida ao Money Times.

Com um cenário local bastante desafiador, os brasileiros têm migrado como nunca seus investimentos rumo ao exterior. Somente no primeiro trimestre deste ano, as aplicações de brasileiros em ações no exterior já batiam mais da metade de todo valor empregado em 2020, segundo o Banco Central.

São US$ 1,5 bilhão de janeiro a março deste ano ante US$ 3 bilhões no ano passado. Na moeda brasileira, são R$ 8,6 bilhões em 2021 contra R$ 16 bilhões em todo o ano de 2020.

No entanto, a compra de ações no exterior ainda é consideravelmente inacessível para muitos investidores de varejo, especialmente diante da derrocada do real ante ao dólar.

Adquirir ações individualmente para se montar um portfólio é uma tarefa árdua e encarecida, porém, inegociável, com analistas constantemente alertando sobre os riscos que pairam sobre a Bolsa brasileira.

Os ETFs, fundos de índices, por si só já tornam mais acessível ao investidor a montagem de uma carteira diversificada.

Aguenta a inflação e a alta de juros

Por ter o investimento pulverizado em mais de 9 mil empresas globais, ainda que cerca de 60% delas estejam nos Estados Unidos, o rendimento do ETF é mais sensível aos movimentos macroeconômicos em detrimento das realizações de lucros das empresas que compõem o fundo de índice.

Atualmente, o WRLD11 conta com os setores de tecnologia, finanças e consumo cíclico, com as posições mais relevantes — 26%, 17% e 13%, respectivamente — entre 11 setores contemplados no produto.

Para o CEO da Investo, o encerramento dos estímulos à economia por parte do Federal Reserve e a adoção de tom mais hawkish, não devem abater os rendimentos do WRLD11 no longo prazo.

“Achar o timing de quando entrar ou sair do mercado faz com 9 de cada 10 gestores percam para os índices de mercado no prazo de 15 anos, segundo estudos”, adverte.

O apelo do WRLD11 , segundo Mançanares, vai aos investidores com visão de longo prazo e em busca de uma construção de patrimônio consistente.

Mais de 9 mil empresas em um único produto

O WRLD11 replica no Brasil o já mundialmente conhecido ETF VT (Vanguard Total World Stock), listado na Bolsa de Nova Iorque.

Nos EUA, o VT já possui cerca de US$ 30 bilhões sob gestão, investindo em mais de 9 mil empresas do mundo todo, englobando tanto mercados desenvolvidos como emergentes.

Nos últimos dez anos, o VT apresentou uma rentabilidade média de 12% ao ano. A taxa total de administração do fundo é 0,38% ao ano.

O WRLD11  estreou na B3 no dia 20 de outubro e cada cota gira em torno de R$ 100 cada.

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Repórter
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
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