Política

É preciso manter a redução de gastos não essenciais, diz ex-diretor do FMI

24 ago 2020, 13:20 - atualizado em 24 ago 2020, 13:20
Senado
A afirmação foi feita pelo ex-diretor-executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI), Paulo Nogueira Batista Júnior (Imagem: Agência Senado)

A crise econômica provocada pelo coronavírus agravou o desequilíbrio das contas públicas e aumentou os índices de desemprego no Brasil. Porém, o debate público sobre a questão fiscal ainda é deficiente no país.

A afirmação foi feita nesta segunda-feira (24) pelo ex-diretor-executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI), Paulo Nogueira Batista Júnior. Ele participa de audiência pública da comissão mista que acompanha das medidas do governo federal no combate à covid-19, o que inclui a situação fiscal e a execução orçamentária.

— É preciso ajustar o investimento público, que está baixíssimo, e manter transferências elevadas a pessoas de baixa renda, que ajudam na sustentação da atividade e do emprego. Além disso, são necessárias severas disciplinas sobre gastos não essenciais. Se o Estado estava falindo antes, o que dizer agora? Esta constatação traz consequências graves — disse Paulo Nogueira.

O encontro da comissão debate o impacto da pandemia na economia internacional, os principais riscos fiscais e macroeconômicos, as estratégias internacionais de enfrentamento e como a experiência brasileira no combate a crises econômicas pode contribuir para mitigar a crise atual.

Também participam da reunião representantes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado. A comissão mista é presidida pelo senador Confúcio Moura (MDB-RO) e tem, como relator, o deputado Francisco Jr. (PSD-GO).

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