Market Makers

Economista da Faria Lima: Fazia muito tempo que a gente não errava tanto inflação

08 dez 2023, 14:32 - atualizado em 09 dez 2023, 9:27

Prever o futuro é impossível, mas na economia não ter o mínimo de noção sobre dados, como inflação e PIB (Produto Interno Bruto), pode fazer estragos nos bolsos de investidores. Parte do trabalho de um economista é, essencialmente, tentar saber para que direção caminha o crescimento econômico de um país, por exemplo.

No caso do Brasil, talvez parte dos economistas reprovassem de ano. Isso porque os erros foram “gigantescos”, principalmente para a inflação, segundo a economista Marcela Rocha, da gestora Principal Claritas, uma das mais tradicionais da Faria Lima, centro financeiro de São Paulo. A fala ocorreu em mais um episódio do Market Makers, que contou a presença do também economista Marcos Mendes, do Insper.

“Eu olho a mais de 10 anos a inflação e fazia muito tempo que a gente não errava tanto inflação, que é um dos componentes mais fáceis de serem acertados que são serviços, eles respondem a inércias, expectativas, consegue ter um acompanhamento mês a mês”, observa.

“Poxa, foram erros gigantescos para abaixo. No meio do ano eu estava olhando e nossa previsão de inflação era 6,3% e a gente caminha para terminar o ano em 5,5%. Não é pouca coisa para uma economia surpreendente em termos de crescimento. Ou seja, o IPCA terminará 4,5%. Isso faz com o que o Brasil consiga cortar juros de maneira gradual, a despeito das incertezas no fiscal”, completa.

Roberto Campos Neto também fez mea culpa

O presidente do Banco CentralRoberto Campos Neto também admite erros. De acordo com o executivo, há quatro anos os analistas, incluindo ele, tem ‘errado bastante (a expectativa)’.

As falas ocorreram em evento realizado na sede do Estadão, em São Paulo, nesta segunda-feira (23).

O Brasil teve a maior revisão do Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo a instituição, o país pode voltar a fazer parte do ranking das 10 maiores economias globais.

Neste ano, o país deve avançar duas posições, ocupando o 9º lugar no ranking. Para 2024, o FMI prevê que o país mantenha a mesma posição.

Já para 2026, o país pode ocupar a 8ª posição entre as maiores economias do mundo.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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