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Trajetória fiscal do governo pode por fim à onda de estrangeiros na B3, diz XP

30 nov 2020, 15:17 - atualizado em 30 nov 2020, 16:23
Bolsa de valores
Do começo do mês até agora já entraram na Bolsa R$ 30 bilhões em capital estrangeiro, representa um aumento de 946,2% em relação à outubro (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O que poderia ser um ano ruim para os estrangeiros no Brasil, parece ter mudado de rumo com um pacote de notícias que colocaram os mercados emergentes no foco dos investidores.

Segundo a XP Investimentos, em relatório enviado a clientes nesta segunda-feira (30), o fim das incertezas nos Estados Unidos com as eleições de Joe Biden, o avanço das vacinas e a migrações de capital para setores atingidos pelo coronavírus, como petróleo, bancos e aéreas, fizeram com que o estrangeiros apostassem suas fichas no Brasil.

Recuperação do fôlego

De janeiro até outubro, os investidores estrangeiros retiraram da Bolsa brasileira mais de R$ 65,3 bilhões.

“Toda essa retirada de dinheiro fez com que a nossa Bolsa fosse a pior Bolsa do mundo em performance até o mês passado”, afirmaram os analistas Fernando Ferreira e Marcella Ungaretti.

Porém, do começo do mês até agora já entraram na Bolsa R$ 30 bilhões em capital estrangeiro, o que representa um aumento de 946,2% em relação à outubro (R$ 2,8 bilhões) e R$ 34,7 bilhões acima do saldo de todo o ano de 2019.

O investimento impulsionou o Ibovespa, que já acumula uma alta de 17,8% e caminha para fechar o mês com o melhor novembro desde 1999.

Há uma pedra no caminho

Contudo, para sustentar essa onda de investimentos é necessário que o governo arrume à casa e melhore a trajetória fiscal do país.

Além disso, a dupla também afirma que a responsabilidade socioambiental e de governança (ESG) será fundamental para o estrangeiro voltar a ter grandes alocações aqui.

E por fim, eles citam a continuação da recuperação da economia e a revisão de lucros das empresas da Bolsa para cima.

Porém, esses aspectos esbarram no novo pico do coronavírus. O estado de São Paulo já decretou restrições após o aumento de casos.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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