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Elétrica sobe forte após notícia ‘muito positiva’; banco vê recuperação ‘mais rápida e profunda’

19 out 2023, 12:19 - atualizado em 19 out 2023, 12:19
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Elétrica Copel tem 1.437 adesões ao Programa de Desligamento Voluntário de 2023 (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

A ação da Copel (CPLE6) entrou no radar dos investidores nesta quinta-feira (19), após o anúncio do resultado do Programa de Desligamento Voluntário de 2023 da companhia, que contou com 1.437 adesões.

Os papéis da empresa elétrica subiam 4,20% perto das 12h15, cotados a R$ 8,43 cada.

Pela manhã, o Bradesco BBI classificou o resultado como “muito positivo”, com a redução no número de quadro de funcionários superando as expectativas.

Os 1.437 empregados que aceitaram deixar a empresa até agosto do ano que vem equivalem a 25% do quadro de funcionários formado no segundo trimestre de 2023, destaca a instituição.

O resultado superou as estimativas, visto que o BBI esperava que 1.000 funcionários aderissem ao PDV até 2024.

Além disso, o custo total estimado é de R$ 610 milhões, a ser reconhecido no exercício de 2023. Em contrapartida, a Copel avalia uma economia anual de R$ 428 milhões com os desligamentos.

“A estimativa de economia total da Copel de R$ 428 milhões/ano é maior do que nossa estimativa atual de R$ 250 milhões/ano, não apenas pelo maior número de funcionários saindo, mas também porque parece que o salário médio dos número de funcionários é muito maior do que esperávamos inicialmente”, comentam Francisco Navarrete, do BBI, e Ricardo França, da Ágora Investimentos, em relatório desta quinta.

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Recuperação “mais rápida e profunda”

Segundo o BBI, supondo que a Copel não precise contratar novos funcionários, o impacto dessa redução na folha de pagamento seria em torno de R$ 1,5 bilhão, bem acima da estimativa atual da casa. O montante equivale a 3% do valor de mercado da elétrica, destaca.

“Este anúncio é uma evidência, em nossa opinião, de que a recuperação da Copel será mais rápida e profunda do que o mercado atualmente atribui à gestão”, defende o banco.

A redução na folha de pagamento diminui o risco sobre a recuperação da Copel, diz.

O BBI lembra que, logo após a sua privatização, a Copel já começou a trabalhar, com a maior parte da alta administração já instalada para implementar o plano de redução de custos. O BBI projeta redução de despesas operacionais equivalente a 20% do nível de custos pré-privatização.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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