Finanças Pessoais

Eletrobras (ELET3): Vale a pena abrir conta em corretora nova para investir em fundo do FGTS?

03 jun 2022, 8:05 - atualizado em 03 jun 2022, 8:13
Especialista lembra que o investidor precisa ter uma reserva de emergência antes de usar o recurso do FGTS em renda variável.

Abrir conta em uma nova corretora para investir em um fundo mútuo de privatização (FMP) da Eletrobras (ELET3ELET6) e aproveitar uma taxa menor já não vale a pena, se você já é cliente de uma instituição que oferece o produto, segundo especialistas ouvidos pelo Money Times.

A avaliação é de que os patamares de cobrança têm pouca diferença entre si. Desde a semana passada, as instituições têm alterado para baixo os valores cobrados, em uma tentativa de usar o FMP da Eletrobras como “porta de entrada” para oferecer outros produtos ao investidor.

Nesta sexta-feira (3) começa o prazo para reservar ações da companhia estatal, que vai até quarta (8). A operação não representa a compra efetiva das ações, que ocorrerá somente quando for realizado o leilão da companhia elétrica.

O procedimento, no entanto, é necessário para confirmar o interesse pelas ações da estatal. Com a privatização, o governo federal quer reduzir a participação na Eletrobras de 72% para, no máximo, 45%.

Experiência do usuário

A planejadora financeira CFP Rejane Tamoto recomenda que o investidor que optar por abrir uma nova conta cheque se o aplicativo do banco ou da corretora é bem avaliado online e busque conhecer como é a experiência como usuário da plataforma.

Ela enxergar o investimento no fundo de privatização por uma nova corretora como uma oportunidade para o investidor conhecer outros produtos e condições.

Tamoto lembra que o investidor precisa ter uma reserva de emergência antes de usar o recurso do FGTS em renda variável.

A planejadora financeira afirma que o FGTS é uma reserva para o desemprego e que, por isso, conceitualmente, faz parte da reserva de emergência – que deve ser de ao menos três meses de despesas, comenta.

O coordenador do Centro de Estudos em Finanças da FGV/SP, William Eid, vê equívoco na ideia de que os fundos para investir na Eletrobras com recursos do FGTS seriam “oportunidade de uma vida”.

“Se você se aposenta daqui 30 anos, então bota lá [no fundo da Eletrobras]. O rendimento de FGTS é uma porcaria. Mas, se você vai se aposentar nos próximos anos, tem muito a perder”, afirma.

Isso porque, destaca o especialista, no curto prazo o mercado tende a apresentar alta volatilidade.

Eid afirma que o conceito de fundo de investimento com taxa alta é algo que ficou no passado e diz que a diferença entre as taxas dos FMPs são “ridículas”. “Até os grandes bancos são muito competitivos”, comenta.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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