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Em nova recuperação judicial, Oi (OIBR3;OIBR4) é rebaixada pela Fitch a ‘calote’

24 maio 2023, 20:41 - atualizado em 24 maio 2023, 20:41
OIBR4
Nota de crédito da Oi é rebaixada para “D”, nível mais baixo da escala de rating da Fitch (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

A agência de classificação de risco de crédito Fitch Ratings rebaixou nesta quarta-feira (24) os IDRs (Issuer Default Ratings – Ratings de Inadimplência do Emissor) de Longo Prazo em Moedas Local e Estrangeira da Oi (OIBR3;OIBR4) para “D”, nível mais baixo da escala de rating e que significa “default” (calote). O Rating Nacional de Longo Prazo também foi revisado para baixo, de “C(bra)” para “D(bra)”.

Além disso, a Fitch afirmou o rating “C”/”RR4” das notas sêniores sem garantia com vencimento em 2025 e das notas sêniores com garantias com vencimento em 2026 da Oi.

A agência explica que o rebaixamento reflete o processo de recuperação judicial em andamento da empresa de telecomunicações.

Em março deste ano, a Oi entrou com um novo pedido de recuperação judicial perante a 7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, em caráter de urgência, pouco tempo depois de a Justiça ter encerrado um processo de RJ que se estendia por mais de seis anos.

A Fitch lembra que a Oi está em recuperação judicial para lidar com suas obrigações de dívida, na ordem de R$ 35 bilhões. Ao fim de 2022, o caixa da companhia totalizava R$ 3,2 bilhões.

“A Oi obteve um financiamento de devedor em posse (debt-in-possesion, DIP) de US$ 275 milhões em abril de 2023 para financiar seu plano de negócios até o final do ano”, acrescenta.

A Fitch diz que a taxa de recuperação esperada para a Oi é consistente com um rating de recuperação “RR4” devido ao valor dos 34% que a empresa detém na V.tal (estimado em aproximadamente R$ 8 bilhões) e, em menor grau, ao valor da posição da companhia após a reestruturação dos negócios remanescentes.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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