Mercados

Em recuperação, Méliuz dispara 8,4% e tem maior alta diária da Bolsa

10 set 2021, 17:50 - atualizado em 10 set 2021, 18:09
Meliuz
A empresa registrou a maior alta diária da Bolsa (Imagem: Meliuz/Divulgação)

As ações da Méliuz disparam 8,41%, cotadas a R$ 5,93, nesta sexta-feira (10). Os papéis tiveram a maior alta diária do Ibovespa (IBOV).

A alta é vista pelo mercado como uma recuperação após a empresa ter desabado 11% na última quarta-feira (08).

No último mês, os papéis da Méliuz acumulam queda de quase 50% após divulgação de resultados considerados mais fracos. Mesmo assim, a empresa ainda guarda potencial valioso, apontam analistas.

O Ibovespa fechou em queda nesta sexta-feira, acumulando mais uma semana negativa, marcada por forte volatilidade e na qual renovou mínima em seis meses, com os holofotes voltados para o cenário político-institucional no país.

Declarações do presidente Jair Bolsonaro em manifestações no Dia da Independência, atacando ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e ameaçando descumprir ordens judiciais, desencadearam uma forte aversão a risco no mercado.

Na quarta-feira, o Ibovespa afundou quase 4% com os comentários elevando a temperatura em Brasília e alimentando inquietações quanto ao avanço da pauta econômica, em especial assuntos relacionados ao quadro fiscal.

No fechamento, o Ibovespa acusou queda de 0,93%, a 114.285,93 pontos, na mínima do dia, acumulando perda de 2,26% na semana e de 3,78% no mês. No ano, a queda agora é de 3,98%.

Méliuz, novo Inter?

Segundo o analista da Nu Invest, Murilo Breder, o Net Promoter Score (NPS), métrica criada em 2003 pelo estrategista de negócios e palestrante Fred Reichheld, dá uma pista do que a Méliuz se tornará daqui para frente.

Ele destaca que a companhia chegou a registrar um impressionante NPS de 85 em seu cartão de crédito em junho de 2020 enquanto possui um NPS de 70 em seu marketplace. Uma nota entre 50 e 75 é considerado um serviço de qualidade enquanto uma nota entre 76 e 100 é considerado um serviço de excelência.

“Esse nível de serviço lembra o início do Nubank, que começou focando toda a sua atenção em fornecer a melhor experiência possível em um serviço até então considerado estagnado no mercado: o cartão de crédito”, argumenta.

Em termos de comparação, o NPS do Inter é 80 e o do Nubank gira em torno de 83. Segundo Breder, apesar da nota um pouco menor do marketplace, ainda é um patamar relativamente alto, fora que a Méliuz está em vias de lançar um marketplace ainda melhor em sua nova versão de seu app.

“O que começou com um foco em varejo, agora caminha em direção aos bancos digitais e com um nível de serviço (medido pelo NPS) semelhante ao das principais referências brasileiras atualmente: Nubank e Inter (BIDI11)”, completa.

(Com Reuters)

Repórter
Formado em jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em Julho de 2021. Bruno trabalhou no Money Times, como estagiário, entre janeiro de 2019 e abril de 2021. Depois passou a atuar como repórter I. Tem experiência com notícias sobre ações, investimentos, empresas, empreendedorismo, franquias e startups.
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