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Empresas com políticas pró-LGBT conseguem reter os melhores talentos

20 nov 2019, 9:55 - atualizado em 18 nov 2019, 14:25
As empresas que apoiam abertamente a inclusão desenvolvem marcas mais fortes, registram melhor orientação ao cliente e são vistas com uma governança corporativa mais forte, mostra um estudo (Imagem: Pixabay)

Empresas de mercados emergentes que apoiam políticas que incluem lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros tendem a atrair e reter os melhores talentos, segundo uma nova pesquisa.

Coordenado pelo Boston Consulting Group, o relatório constatou que não houve impacto negativo no crescimento da receita de empresas que apoiaram abertamente a inclusão da comunidade LGBT+. O estudo da Open for Business, uma coalizão de empresas globais para sociedades inclusivas e diversas, também revelou que essas organizações tinham uma proporção maior de receitas internacionais, o que indica capacidade de explorar cadeias de suprimentos globais.

O estudo analisou 96 empresas de mercados emergentes e descobriu que 37 delas apoiaram abertamente políticas contra a discriminação da comunidade LGBT+ em relação a 19 em 2015.

À medida que mercados emergentes competem com regiões financeiras globais como Hong Kong e Cingapura por investimentos estrangeiros, negócios e talentos, começam a despertar para a diversidade no local de trabalho. Muitas das empresas de alto potencial que explicitamente protegem funcionários LGBT+ contra a discriminação têm sede na Índia, como Reliance Industries, Infosys e Wipro, segundo o relatório.

As empresas que apoiam abertamente a inclusão desenvolvem marcas mais fortes, registram melhor orientação ao cliente e são vistas com uma governança corporativa mais forte, afirmou o estudo.

No ano passado, o Supremo Tribunal da Índia derrubou a notória lei contra homossexuais, da era colonial do país. O país do sul da Ásia perdia 1,4% do PIB por causa da lei discriminatória, segundo cálculos de Lee Badgett, professor de economia da Universidade de Massachusetts Amherst, que estudou a questão para o Banco Mundial.

Isso significa que discriminar a comunidade LGBT poderia custar à Índia cerca de US$ 26 bilhões por ano.

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