Internacional

Empresas da zona do euro se preparam para maior impacto de vírus

04 mar 2020, 11:49 - atualizado em 04 mar 2020, 11:49
União Europeia Parlamento Europeu
A epidemia se espalha pelo continente europeu depois de surgir na China no fim do ano passado, e corre o risco de atrasar a tão esperada retomada do setor fabril (Imagem: Money Times)

Empresas da zona do euro devem sofrer um maior impacto do surto de coronavírus nas próximas semanas. Companhias já registram atrasos generalizados das entregas, queda das encomendas de exportação e lento crescimento do emprego.

Os sinais de preocupação se mostraram moderados no índice dos gerentes de compras. O indicador principal teve leve alta em fevereiro, mas a pesquisa também destacou os desafios relacionados ao vírus.

A epidemia se espalha pelo continente europeu depois de surgir na China no fim do ano passado, e corre o risco de atrasar a tão esperada retomada do setor fabril. E embora prestadores de serviços tenham sustentando a economia, agora começam a ver um enfraquecimento da demanda no exterior.

“Existem claros riscos de queda e um provável enfraquecimento da economia em março”, disse Chris Williamson, economista da IHS Markit. “Um número crescente de empresas tem reportado perda de negócios devido à propagação do vírus, principalmente em setores como hotéis, viagens, transporte e turismo, mas também em áreas como serviços financeiros.”

O relatório mostrou que a economia geral foi impulsionada por sólidos fundamentos domésticos. No entanto, as exportações de bens e serviços caíram em ritmo mais forte devido ao vírus, e atrasos de entrega de longo alcance ameaçam a produção futura.

A confiança dos empresários também diminuiu, de acordo com a pesquisa, e a cautela no ritmo de contratações reduziu a criação de vagas para o menor nível em cinco anos.

“A economia da zona do euro mostrou resiliência às interrupções decorrentes do surto de coronavírus em fevereiro, mas, com uma análise mais profunda dos dados, há sinais de que problemas estão a caminho”, afirmou Williamson.

O PMI tanto para serviços quanto para manufatura indicou expansão em fevereiro, para 51,6 em relação aos 51,3 do mês anterior. A leitura do setor de serviços, no entanto, ficou um pouco abaixo da estimativa inicial.

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