Economia

Empresas dos EUA mostram primeiros sinais de impacto de aperto monetário do Fed, mostra Livro Bege

01 jun 2022, 16:08 - atualizado em 01 jun 2022, 16:08
Dólar
O Fed elevou sua taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual no mês passado, para uma faixa entre 0,75% e 1% (Imagem: Pixabay/PublicDomainPictures)

A economia na maioria das regiões dos Estados Unidos cresceu a ritmo modesto ou moderado de abril até o fim de maio, e há sinais de que as medidas do Federal Reserve para esfriar a demanda começaram a ser sentidas, disse o banco central norte-americano em relatório divulgado nesta quarta-feira.

A mais recente sondagem sobre a saúde da economia vem num momento crítico para o Fed, à medida que a autoridade monetária aperta as condições financeiras com maior agressividade em sua tentativa de reduzir a inflação, que permanece no maior patamar em 40 anos.

O Fed elevou sua taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual no mês passado, para uma faixa entre 0,75% e 1%, e planeja novos ajustes da mesma magnitude em cada uma de suas próximas duas reuniões de política monetária, neste mês e julho.

O chair do Fed, Jerome Powell, disse que as autoridades continuarão a aumentar os custos dos empréstimos até que a inflação, atualmente equivalente a mais que o triplo da meta de 2% do banco central, caia de maneira “clara e convincente”.

Houve sinais preliminares no relatório desta quarta-feira de que empresas e consumidores estão começando a responder ao aperto monetário.

“Contatos do varejo notaram um certo arrefecimento à medida que consumidores enfrentaram preços mais altos, e os contatos de imóveis residenciais observaram fraqueza conforme os compradores tiveram de lidar com preços elevados e taxas de juros crescentes”, disse o Fed na pesquisa, conhecida como “Livro Bege”, realizada em todos os 12 distritos do banco central até 23 de maio.

O Fed enfrenta uma tarefa difícil conforme tenta amortecer a demanda o suficiente para conter o aumento do custo de vida sem causar recessão.

A instituição tem sido atrapalhada por problemas persistentes na cadeia de suprimentos, fator que foge de seu controle e foi exacerbado por lockdowns recentes na China e por um salto nos custos de alimentos e energia devido à invasão da Ucrânia pela Rússia.

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