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Empresas globais pisam do acelerador e investem em fábricas e máquinas como não faziam há anos

18 set 2021, 20:00 - atualizado em 14 set 2021, 11:56
Indústria Automóveis Empresas
Do lado da demanda, os gastos reprimidos de consumidores conseguiram convencer executivos de que vale a pena investir (Imagem: REUTERS/Nacho Doce)

Empresas globais de diversos setores estão investindo em novas fábricas e máquinas como não faziam há anos.

Do lado da oferta, gargalos provocados pela pandemia de Covid-19 levam empresas a investirem em novas instalações de produção; demandas por um meio ambiente menos poluído estimulam gastos em veículos elétricos, baterias e energia alternativa; e a enorme crise de semicondutores gerou uma onda de investimentos.

Do lado da demanda, os gastos reprimidos de consumidores conseguiram convencer executivos de que vale a pena investir, um sinal de que as empresas acreditam na recuperação econômica mundial, mesmo com as incertezas provocadas pela variante delta do coronavírus. Por trás de tudo isso, estão as baixas taxas de juros e as apostas de que continuarão nesse nível.

Globalmente, os investimentos corporativos devem subir 13% este ano, de acordo com a S&P Global Ratings, com crescimento em todas as regiões e em diversos setores – especialmente em semicondutores, varejo, software e transporte.

Economistas do Morgan Stanley projetam que o investimento global vai corresponder a 115% e 121% dos níveis pré-recessão até o final de 2021 e fim de 2022, uma recuperação muito mais rápida do que em crises anteriores.

“A recuperação do investimento corporativo é crítica para a expansão de longo prazo, pois a acumulação de capital é chave para elevar o crescimento da produtividade”, disse Rob Subbaraman, chefe de pesquisa de mercados globais da Nomura. “Quando o estímulo de políticas globais sem precedentes diminuir, o mundo precisará de investimento das empresas e reformas estruturais para sustentar o crescimento.”

Com o aumento do nervosismo com a inflação, a perspectiva de redução do estímulo dos bancos centrais e o caos nas cadeias de suprimentos, o aumento dos investimentos oferece um raro sinal de esperança para a economia global em 2022 e além. É também uma dinâmica muito diferente da crise global de 2008, quando a austeridade e o fraco investimento pesaram sobre o emprego e os salários nos anos seguintes.

Um indicador de investimento global compilado por economistas do JPMorgan Chase mostra investimentos em equipamentos em desaceleração, mas ainda expandindo 6,6% neste trimestre. “O fato de as empresas continuarem a investir apoia a visão de que os obstáculos de curto prazo devem desaparecer”, escreveram os economistas em relatório.

Com o aumento do nervosismo com a inflação, a perspectiva de redução do estímulo dos bancos centrais e o caos nas cadeias de suprimentos, o aumento dos investimentos oferece um raro sinal de esperança para a economia global em 2022 e além.

É também uma dinâmica muito diferente da crise global de 2008, quando a austeridade e o fraco investimento pesaram sobre o emprego e os salários nos anos seguintes.

Um indicador de investimento global compilado por economistas do JPMorgan Chase mostra investimentos em equipamentos em desaceleração, mas ainda expandindo 6,6% neste trimestre. “O fato de as empresas continuarem a investir apoia a visão de que os obstáculos de curto prazo devem desaparecer”, escreveram os economistas em relatório.

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